quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Começando como convém,
vou atirar com um...
Era uma vez...Gamância Fugitina
E a sua perigosa canídea, Pit Bola,
Que embora pequenina,
Não regulava muito da tola.
Gamância cansada de ouvir falar
De desemprego e bolso roto,
E Pit Bola preocupada a magicar
No que não lhe passaria mais no goto,
Uniram suas "fomes" e concordaram
Assaltar restaurantes e mercados,
Lojas gourmet e outros achados.
Só de plano traçado é que pararam.
Para Pit Bola isto era um sonho,
E já sentia a comida no estreito.
Para Gamância era um feito
Que prometia um futuro risonho!
O plano era simples e muito eficaz:
"Ou me dão já da caixa o dinheiro,
Ou Pit Bola faz do sítio um cabaz
E nem escolhe o que come primeiro!"
Não haveria quem resistisse!
Tal era a gana do feroz canídeo,
Primeiro papava a câmara de vídeo
E ai de alguém que a impedisse!
Mesmo sem dentes da frente,
O olho de Pit Bola saltava!
Passar prateleiras a fino pente,
Era o que mais ambicionava.
Enquanto se limpavam os trocos
Para o bolso de Gamância,
Pit Bola papava os flocos
Com toda a pompa e circuntância.
E se, convicta, Pit Bola mastigava,
Já Gamância sentia uma coisa esquisita;
É que paracia que algo molhava,
Sem razão aparente, a sua orelhita...
Acordou de repente e num susto,
Com Pit Bola deliciada a sonhar
Que a sua orelha era um manjar.
E só de lá a arrancou a custo!
Pit Bola atordoada, desvairada,
acordou também desse sonho...
Digo eu... estaria ela acordada?
Eu cá, no fogo, a minha mão não ponho!
vou atirar com um...
Era uma vez...Gamância Fugitina
E a sua perigosa canídea, Pit Bola,
Que embora pequenina,
Não regulava muito da tola.
Gamância cansada de ouvir falar
De desemprego e bolso roto,
E Pit Bola preocupada a magicar
No que não lhe passaria mais no goto,
Uniram suas "fomes" e concordaram
Assaltar restaurantes e mercados,
Lojas gourmet e outros achados.
Só de plano traçado é que pararam.
Para Pit Bola isto era um sonho,
E já sentia a comida no estreito.
Para Gamância era um feito
Que prometia um futuro risonho!
O plano era simples e muito eficaz:
"Ou me dão já da caixa o dinheiro,
Ou Pit Bola faz do sítio um cabaz
E nem escolhe o que come primeiro!"
Não haveria quem resistisse!
Tal era a gana do feroz canídeo,
Primeiro papava a câmara de vídeo
E ai de alguém que a impedisse!
Mesmo sem dentes da frente,
O olho de Pit Bola saltava!
Passar prateleiras a fino pente,
Era o que mais ambicionava.
Enquanto se limpavam os trocos
Para o bolso de Gamância,
Pit Bola papava os flocos
Com toda a pompa e circuntância.
E se, convicta, Pit Bola mastigava,
Já Gamância sentia uma coisa esquisita;
É que paracia que algo molhava,
Sem razão aparente, a sua orelhita...
Acordou de repente e num susto,
Com Pit Bola deliciada a sonhar
Que a sua orelha era um manjar.
E só de lá a arrancou a custo!
Pit Bola atordoada, desvairada,
acordou também desse sonho...
Digo eu... estaria ela acordada?
Eu cá, no fogo, a minha mão não ponho!
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
(...)
Os três Milone, muito pobres, há muito tempo que não entravam num cinema ou num café. Passear era o único divertimento da sua vida.
Um dia, tendo saído á hora do costume e subido a Via Cola di Rienzo até quase à Piazza Risorgimento, a atenção dos três Milone foi atraída por uma loja nova, que abrira como por magia no lugar onde até ao dia anterior existira um tapume poeirento. O brilho dos vidros não deixava ver a mercadoria. Os três caminharam até à loja e em seguida, sem pronunciar uma palavra sequer, descreveram um semicírculo no passeio e alinharam-se frente às montras.
Agora viam claramente a mercadoria: felicidade. Os três Milone, como todas as pessoas deste mundo, tinham sempre ouvido falar dessa mercadoria, mas nunca a tinham visto. Falava-se dela como de algo muito raro, de uma raridade lendária até, quase duvidando que existisse realmente.
(...)
Nas montras, por sua vez, as felicidades, como muitos ovos de Páscoa, apresentavam-se em ordem decrescente, para todos os bolsos. Havia pequenas, médias, e havia gigantescas, talvez artificiais, colocadas ali para publicidade. Cada felicidade tinha o seu respectivo cartãozinho com o preço escrito em itálico elegante.
(...)
«É uma coisa supérflua», respondeu o velho. «Antes de mais nada, é preciso pensar em comer... primeiro o pão, depois a felicidade... mas já se vê, este é o país do contra-senso: primeiro a felicidade, depois o pão...»
«Estás a levar isso demasiado a sério», observou amavelmente a mulher. «De acordo, tu não precisas de felicidade... mas nem toda a gente é como tu.»
«Eu, por exemplo...» arriscou-se a filha.
«Tu, por exemplo...» retorquiu o pai em tom de ameaça.
«Eu, por exemplo», acabou a rapariga quase desesperadamente, «só para saber como é, uma felicidade, uma das pequenas , até gostava de a comprar.»
«Vamos embora», disse o velho tétrico e peremptório, «vamos embora.»
As duas mulheres deixaram-se levar docilmente. Mas o velho agora estava irritado. «Não esperava isso de ti, Giovanna.»
«Porquê, pai?»
«Porque aquela mercadoria é coisa de contrabandistas, de ricaços, de milionários... um funcionário do Estado não pode nem deve desejar a felicidade... tu, ao dizer que gostarias de a comprar, estás a dar prova pelo menos de inconsciência... (...)
A filha tinha os os olhos cheios de lágrimas. A mãe disse: «Vês como és, só a sabes magoar. Afinal, não tem nada na vida, é jovem, o que há de estranho no fcto de desejar a felicidade?»
«Nada... o seu pai dispensou-a, pode dispensá-la ela também.»
(...)
«Sabem o que acho? Que se trata de mercadoria falsificada.»
(...)
«Mas as pessoas compram-na», atreveu-se a mãe.
«O que é que as pessoas não comprariam... vão ver em casa, dentro de poucos dias... vigaristas!»
O passeio continuou. Mas Giovanna bebia as suas lágrimas e pensava que, mesmo falsificada, teria gostado da felicidade.
Felicidade na Montra, Alberto Moravia, em Contos Surrealistas e Satíricos.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Cafeínia Acelerôncia precisava soltar a energia em si contida.
Refém de uma cidade aborrecida em que não falta o cotão a passear, qual rolo de palha em pleno filme de cowboys, Acelerôncia costuma sonhar...
"Um dia vou viajar com a minha Pit-Bola e com o meu Xanaxino Calmaria, vou conhecer o mundo!
1º Destino: País das Gomas!
- Bolas, Cafeínia...
- Hum? Não pode ser, Xanaxino?!
- Humpf... Ainda se fosse País dos Bifes Mal Passados... *automaticamente traduzido da lingua canina.
- Também tu, Pit-Bola?"
Cafeínia desperta dos seus sonhos com alguma facilidade.
Já da realidade não se desliga assim tão facilmente...
- Vamos até à Irlanda, Ninguém?
- 'Tá louco... Não tenho dinheiro, está um frio de rachar, depois onde é que eu vou ao médico? E a minha mamãe? E a minha Pit-Bola? E depois no Inverno? E quando é que cá vinha? ...
Bla bla bla
...
Ninguém também precisa soltar a energia e deixar de ser refém de uma cidade moribunda.
Só lhe falta o impulso e um cobertor electrico! E dinheiro.
Bocejo...
Vou dormir que o meu mal é sono...
ZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.........
Refém de uma cidade aborrecida em que não falta o cotão a passear, qual rolo de palha em pleno filme de cowboys, Acelerôncia costuma sonhar...
"Um dia vou viajar com a minha Pit-Bola e com o meu Xanaxino Calmaria, vou conhecer o mundo!
1º Destino: País das Gomas!
- Bolas, Cafeínia...
- Hum? Não pode ser, Xanaxino?!
- Humpf... Ainda se fosse País dos Bifes Mal Passados... *automaticamente traduzido da lingua canina.
- Também tu, Pit-Bola?"
Cafeínia desperta dos seus sonhos com alguma facilidade.
Já da realidade não se desliga assim tão facilmente...
- Vamos até à Irlanda, Ninguém?
- 'Tá louco... Não tenho dinheiro, está um frio de rachar, depois onde é que eu vou ao médico? E a minha mamãe? E a minha Pit-Bola? E depois no Inverno? E quando é que cá vinha? ...
Bla bla bla
...
Ninguém também precisa soltar a energia e deixar de ser refém de uma cidade moribunda.
Só lhe falta o impulso e um cobertor electrico! E dinheiro.
Bocejo...
Vou dormir que o meu mal é sono...
ZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.........
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
- Sim, sim...
- ...
- Ok, combinado. Estarei lá.
- ...
- Adeus, até logo.
- Desculpa, mas... falavas com quem?!
- Ora, com uma amiga!
- Mas... como?!? Não tinhas nada na mão!
- Ah! Era o meu telemóvel imaginário! O real foi-me roubado.
- ...
Uma desenteria, caro desviador de bens;
É o que te desejo neste belo ano de 2009!!!
- ...
- Ok, combinado. Estarei lá.
- ...
- Adeus, até logo.
- Desculpa, mas... falavas com quem?!
- Ora, com uma amiga!
- Mas... como?!? Não tinhas nada na mão!
- Ah! Era o meu telemóvel imaginário! O real foi-me roubado.
- ...
Uma desenteria, caro desviador de bens;
É o que te desejo neste belo ano de 2009!!!
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