Querido Diário:

Hoje levei um machado na mala.
Comprazi-me em sonhos de cabeças a rolar...

Primeiro tu, minha querida, que de nada serves, senão para azedar-me aqueles minutos. Estorvo vestido de pessoa!
Se tirasses o autocolante do preço das botas, que é bem mais alto do que o que tu vales na totalidade...
Já agora, pára de urrar como se cantasses muito bem, em tentativas de uníssono com aquelas pobres almas, que todos os dias sofrem horrores por te ver (e ouvir).
Odeio-te!
Não sei explicar. Eu não era assim, de ódios, sentidos. Mas agora odeio.
Se odeio!

Segunda cabeça: a tua, meu querido!
Dizia para ires morrer longe, mas suponho que não dures muito depois de cortar esse vazio que tens em cima dos ombros.
És tão mau... Já choraste baba e ranho no meu regaço, meu projectinho de homem!
Mas és muito mau...
Serves para o que serves.

"Mais uma corrida, mais uma viagem!"
E venha de lá a sua cabeça!
Ahhh, és tu... Porquê?! Sei lá!
Quem te manda criar-me falsas expectativas?!
Apetece-me que sejas infeliz.
E correndo o risco de não o seres (duvido), prefiro cortar-te já a cabeça!
Não é por nada, mas uma rapariga precisa de divertimentos, de pequenos prazeres, de escapes!
E eu adoro o meu machado.

NEXT! NEEEXXXT?!
Ah... A tua...estou indecisa.
Até tens "bom Karma" em quase metade do tempo. Durante o tempo que sobeja, apetece-me mais meter-te essa desmiolada num torno e apertar bem.
Sim, porque eu sei que o teu humor permitir-te-ia apreciar os olhinhos a saltar! Penso sempre no melhor para ti.
Mal ou bem (mais mal que bem), sempre te mantiveste constante no teu despropósito.
Sempre igual...
Mas não te iludas!
Ele pende sobre a tua cabeça...


AAhhhh! Que bom! Amanhã é Sábado!