F. andava estonteadinha, abafada, o calor tornava-a tola e muito esquecida. Ou pelo menos era a desculpa que usava.
Ia ao encontro de alguém ou o contrário, não sabia bem. Tinha-se esquecido do ponto de encontro e de quem ia encontrar.
Quando tinha assim umas baforadas de memória, punha-se a caminho, como se estivesse muito decidida!
_ Eia! Um rio de águas cristalinas!! Eu cá é que não vou perder isto! Só assim um mergulhito, um refrescar-me, assim de leve, de repente... Vendo bem, se me apanharem assim fresca, concerteza será bem melhor!
Ou então parava para um pastel de nata. _ Que shot fantástico! Já devo estar atrasada, mas se for mais alegre deve ser bem melhor, não é?!
Desconfio que F. andou nisto muito tempo... passava o Verão, o Inverno e aí era uma sauna ou um aquecedor a óleo que a travava, quem sabe um bar quentinho, uma tripa em Aveiro, uma ginginha em Óbidos, um chocolate quente em Coimbra, um tinto em Lisboa, um tango... Desconfio que correu o país, desculpando-se que era bem melhor se chegasse mais quente, mais fresca, mais alegre, mais docinha...
_ És feliz assim?
_ Claro que sim! E tu, já encontraste a Felicidade?
_ Huumm... acho que... Desconfio que ela é que ainda não me encontrou!
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2 comentários:
Ah ah ah! Agora é que dei conta... A F. ...
Atenção: F. de Felicidade e não F. de Cicuta! ;D
Que trama divertida e trapalhona:) Também me lembrei logo da loura de um metro e setenta e seis, ehe
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