Circulina tinha um namorado que era um mimo.
Um xuxu, chamava-lhe ela.
Tinha-lhe ele tanta dedicação que lhe escolheu o seu próximo namorado.
Dizia que era o melhor dos melhores, que em nada lhe havia de faltar.
Oferecer-lhe-ia vento pelos cabelos, pela roupa, memórias coloridas, beijos dedicados, suspiros e abraços e uma certeza: a de ser só seu.
Mas deixou o aviso. "O único que não mente sou eu."
Circulina era miúda de um homem só. Circulina queria um homem de uma miúda só.
Não para a vida, que mitos, para ela, eram só um passatempo, dos de "cuscar" e investigar pela curiosidade.
Mas no sentir, no estar, no beijo, no entrelaçar de pernas, no suspiro sentido, no bafo quente de Invernos... diz que era uma sonhadora pateta.
Circulina acreditava que um no outro se perderiam e encontrariam. E o exterior ficaria lá. Para visita.
Que as fantasias a si mesmas pertencem. E aí ficam... Que a vida é feita de escolhas.
Que as idas têm volta, que se renasce a cada encontro, que no reencontro se torna claro...
Xuxu foi-se. Escolheu assim.
Circulina ficou-se. Escolheu-se. De cabeça erguida, como sempre faz.
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1 comentário:
depois da ferocidade a santa indiferença. amén.
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