quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Farewell



Lembro-me de quando as despedidas eram como se fosse a última vez que as pessoas se viam.
Quando o sentimento estava ali e havia um qualquer palpitar, uma já falta... uma saudade precoce.
Eu devo ser muito velhinha... 
As despedidas agora parecem-me coisa desprendida, de reencontro certo, de tudo garantido.
E nem sempre as pessoas se voltam a ver. Nem sempre as coisas são garantidas...

Isto a propósito de coisa nenhuma. Só de um filme, que volto a postar, que me levou a esta música e ao degredo da memória.
É que eu preciso de encerramentos. E despedidas a sério. Ou sou dada a fantasmas por longos períodos de tempo. 

O filme é o A Place in the Sun, 1951, que mostra que não há cá bons rapazes. Ou melhor... não há bom rapaz que não se transforme num belo monstro, sob determinadas circunstâncias.
E sim... o mesmo se aplica às mocinhas. O que me lembrou de outro filme que me deixou presa aos contrastes de expressões faciais.
Ó ele aqui em baixo!




Mónica e o Desejo, 1953

Corações para este, que para além do que referi acima, me fez lembrar da santa inocência de quando acreditamos no amor e uma cabana. 

E não; isto não é nenhuma crítica a nenhum dos filmes. É uma análise pobre ao desaparecimento total da "inocência" que ainda aqui morava.

3 comentários:

Post-It disse...

"Nós amamos sempre...apesar de tudo; e este "apesar de tudo" cobre um infinito" - já dizia Cioran e olha que ele era um amargurado. ;)
Eu acredito na vitalidade do Amor... há momentos de intenso cinismo, mas é bóia de salvação mental, parece-me. Claro que se perde a inocência ou a ingenuidade, (talvez seja mais a ingenuidade), mas quando volta o amok, voltamos a ficar rendidos aos diversos cerimoniais... :D e isso é bom :)

Ninguém disse...

falas com alguém que não faz senão andar nessa montanha-russa.
;)

Post-It disse...

Eheheh, pois foi :p Mas é para não te esqueceres :p