terça-feira, 11 de março de 2014

Tenho um amigo daqueles que quero guardar para a vida.
Às vezes não sei bem porquê... Passámos a comunicar meio às escondidas, num trocar de mensagens ou mails "higiénicos", passámos a "não poder" frequentar os aniversários um do outro e, na verdade, acho que passámos a ter pouco a dizer um ao outro. Talvez nada.
Hoje tropecei numas fotos nossas. Tínhamos um ar perfeitamente feliz, leve, arejado, de quem pouco teme nesta vida e pouco tem com que se chatear.
Sim, acontece a todo o bicho careta. Mas foi nas nossas fotos que tropecei.
E fiquei ali, entre a pressa de quem tinha que se pôr a andar e a vontade de as vasculhar todas.
E a vontade de as partilhar com ele. E com quem nos acompanhava.
Diz que isto chega com a idade. Mas eu acho que é outra coisa...
Os amigos deviam ser para a vida. Estar presentes. Serem em todos os momentos, mesmo que na ausência física.
As afinidades deviam servir para alguma coisa. As saudades deviam ser mortinhas... Os momentos deviam ser recordados.
Nem toda a gente aprecia as mesmas xaxadas, os mesmos filmes bons e merdosos, a mesma música, o mesmo humor imbecil. As pessoas querem-se bem por alguma coisa, não?!  Oh hum.
Acho que ando uma lamechas.

Tenho que ir ver em que dia do mês estou.
(tinha que dizer alguma merda parva! já estava a meter um bocado de nojo...)

2 comentários:

Post-It disse...

:) Há pessoas com quem até podemos não falar umas temporadas, mas quando as reencontramos é como se esse tempo/espaço não tivesse existido. Há um reconhecimento e uma alegria qualquer...

Ninguém disse...

Sem dúvida. :)

Mas até desse reencontro já tenho saudades, que as temporadas são cada vez maiores e os reencontros menores.

É uma vida. ;)