segunda-feira, 23 de junho de 2014



Aprendi a amar pela madrugada 
no frio denso, no frio denso 
com os dentes fechados a morder o lenço 
sem poder calcar a porta de entrada 
aprendi a matar bem mais do que penso 
aprendi a matar bem mais do que penso. 

Aprendi a amar com as duas mãos 

de amor intenso, de amor intenso 
uma para a ferida outra para o penso 
a molhar os dedos nos líquidos sãos 
aprendi a matar bem mais do que penso 
aprendi a matar bem mais do que penso. 

Aprendi a amar junto dos armários 

queimando incenso, queimando incenso 
repetindo mais palavras por extenso 
aprendi a amar por motivos vários 
aprendi a matar bem mais do que penso 
aprendi a matar bem mais do que penso. 

Aprendi a amar derramando vinho 

no mar imenso, no mar imenso 
a ver se não perdia o que sei que não venço 
deixando corpos caídos no caminho 
aprendi a matar bem mais do que penso 
aprendi a matar bem mais do que penso.

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