A inocência já não mora aqui.
Deu lugar ao cinismo, à desconfiança.
A uma porta fechada.
A uma barreira.
A uma janela trancada a sete chaves.
Tudo tão bem fechadinho que sufoco.
A inocência já não mora aqui e não volta.
Acreditar já não é comigo.
Preguem noutra freguesia.
Vendam noutra rua.
Vão com cantilenas desafinadas e batidas para outra varanda.
Eu cá tenho orelhas moucas.
E não atiro tranças nem cordas.
Apenas baldes de água fria.
O que mora aqui?
Nada, desconfio.
Houve algo que fez a mala e foi-se...
Eu fiquei aqui só para contar a história.
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5 comentários:
As orelhas são moucas, a alma até pode estar encardida e o coração um bocadito amachocado, mas... eis que um dia... ;)
Eis que um dia lhe dou um chuto de vez (no coração, pois claro) e vou viver para um convento! Ou para uma casa...sozinha...cheia de gatos e cães. ;P É mais isso.
E ponho a tocar oldies todo o dia e noite. E danço o tango agarrada a uma almofada ou ao ar...
Que bonita imagem me ficou....
Ahah! Clausura de freiras só na teoria é que tem graça ou, então, quando as hormonas se forem (mas surpreendeu o cusco do careca). Entretanto, ainda há aqui muita carne para rebolar ao sol, amén.
Daisys up your butterfly!
olarilas!
;P
Bonito.
Põe os ouvidos na Postit.
(risos)
:)
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