quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Não te atires sem o pato de borracha e comprimidos para os nervos

As chaves
atiradas para o fundo.

desta vez vou garantir
que não tenho braços compridos que baste.

desta vez atiro para um poço que tenha água,
que já dizia a minha bisavó
"a água não tem cabelos para a gente se agarrar".

É certo que ela também pensava que o senhor abaixo gritava na música "chora mas não berra"



e no fundo, até berra um bocado como quem está a chorar...
Mas quem sou eu para falar.
Andei até há pouco mais de um par de anos a julgar que essa minha bisavó se chamava Clara...
Afinal... era só como a chamavam por ser tão branquinha.
Há traumas.

Mas tenho para mim, que se atirar as putas das ditas chaves para um poço cheio de água,
não tenho a ousadia de voltar a pensar que é uma rica ideia ir apanhá-las.
Nunca é; não sei como ainda não aprendi.

Que o que havia a estilhaçar já era...
E eu já não tenho estofo para isto.
Na minha pá não cabem mais vidrinhos para apanhar.
E as costas doem-me, para me debruçar mais que uma vez .

Música tão tola que fui agora buscar.
Com tanta coisa boa para se ouvir.

Eu já sabia que há quem nunca acerte no jackpot.
E é isto.

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