segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Do não me reconhecer...

De repente dou comigo supersticiosa.
Como se guardar algo para mim; como segredo que se deve manter pela eternidade; me permitisse abrir os olhos e encontrar tudo intacto. Tudo ali, sem mácula, sem estrago, sem fuga...
Como se partilhar algo - deixar fugir o segredo entre euforias, copos e necessidade de explodir - me fizesse, num catrapiscar de olho, perder tudo... acenar já longe, como perda esperada numa despedida começada antes da chegada.
Diz-se que morri por muito tempo e que já não sei cá andar.
E nunca tive jeito para pairar...