sábado, 21 de dezembro de 2013

Famílias disfuncionais, para que vos quero.

No funeral da minha avó paterna um tio com tendência para a imbecilidade achou que era um bom momento para me perguntar de filhos. - acho que já aqui o referi.
Quando chegava a minha vez!
Não me viu ali com ninguém - na verdade ele mal me vê a mim, como aliás todas aquelas gentes -  mas achou que à parte de desconhecer a minha vida pessoal, profissional e sentimental, era mais que hora de eu ter bebés e quis sublinhá-lo na sua natural estupidez e cretinice.
Porque sim!
Porque era ali um desfilar de crianças entre choros e terra para cima do caixão e eu reparar nas unhas da minha falecida avó e eu cá não tinha nenhum ser ranhoso e de fraldas ao colo a combinar com o cenário.
Além do mais, estou mais que na idade! Seja lá o que for que isso quer dizer.

E achou que ali era o momento de repetir a pergunta e insistir na coisa por largo tempo. Sorte que andava em maré de manter a educação e, bom, perder a minha avó bem como abrir o baú das recordações de infância manteve-me focada em coisas que realmente importam...

E porquê isto agora?
Bom, é que é chegada esta altura supostamente festiva, que por sinal abomino cada vez mais e, por causa dessa morte, que devia ser o único elo de ligação, já não me juntarei àquelas gentes e às suas habituais perguntas...
"Então, e filhos?"
"E já arranjaste marido?"
"Como vai isso de namorados?!"

Felizmente, quando isto me voltar a acontecer, já tenho a solução. Não estou sozinha no mundo e há quem se tenha já preocupado em ter resposta na ponta da língua.
Eu uso esta:


Mas se também sofrerem de pressões, perguntas e convívios estranhos, procurem a vossa solução

5 comentários:

Post-It disse...

Também se pode adaptar à fatal (e fatela) pergunta do: "já tens emprego?" e/ou "o que andas a fazer?", seguida dos inúmeros conselhos e propostas e sugestões de como "dar a volta à situação".

odradek disse...

Muito bom!
Mas tens de ver isso das criancinhas, junta-te ao clube! :)

odradek disse...

Quer dizer, muito bom, nem por isso.
Não sabia da morte dessa tua avó.
Os meus pêsames

Ninguém disse...

Oh Odradek, a minha avó já morreu há uns tempos. pensei que sabias.

(isso dos bebés... fico-me por ser tia emprestada, pode ser?)

Ninguém disse...

Sim, Post-it.. essa é outra das valentes... Acho que vou começar a fazer também uma lista de soluções.
:D