quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Constatações imbecis - o de sempre, portanto.
- quanto mais cedo acordo mais me atraso
- sei em que botão carregar, aquele botão. depois perco o controlo da coisa. diz que é muita luzinha e fico ofuscada. esqueço-me dos óculos escuros.
- tenho a mania que sei tocar acordeão, na certa, pela quantidade de botões...
- não tenho unhas, nem quero tocar guitarra. mas canto a plenos pulmões (até aquele que é pouco mais que metade). em especial no banho.
- diz que não acredita em ciclos, mas em espirais. a coisa afunila, um dia trocam-se os olhos e aí a merda acontece.
- Bom dia!
terça-feira, 29 de outubro de 2013
sábado, 26 de outubro de 2013
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Little Murder Stories II
Todos os dias servia o jantar
à mesma hora
o mesmo ritual.
Um sorriso
e olhos que viam além dele.
Um dia pediu que trouxesse novo frasco de tira-ferrugem.
Todos os dias servia o jantar
à mesma hora
o mesmo ritual.
Um sorriso
e olhos que viam além dele.
Um dia pediu que trouxesse novo frasco de tira-ferrugem.
Todos os dias servia o jantar
à mesma hora
o mesmo ritual.
Um sorriso
e olhos que viam além dele.
Um dia não precisou de pedir novo frasco de tira-ferrugem.
à mesma hora
o mesmo ritual.
Um sorriso
e olhos que viam além dele.
Um dia pediu que trouxesse novo frasco de tira-ferrugem.
Todos os dias servia o jantar
à mesma hora
o mesmo ritual.
Um sorriso
e olhos que viam além dele.
Um dia pediu que trouxesse novo frasco de tira-ferrugem.
Todos os dias servia o jantar
à mesma hora
o mesmo ritual.
Um sorriso
e olhos que viam além dele.
Um dia não precisou de pedir novo frasco de tira-ferrugem.
É assim como...
... uma doença prolongada e tal, isto.
Um dia desaparece-se e pronto.
(inserir um montão de asneiredo de alto e baixo gabarito)
Good Night & Good Luck - dizem
Um dia desaparece-se e pronto.
(inserir um montão de asneiredo de alto e baixo gabarito)
Good Night & Good Luck - dizem
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Esta vai com dedicatória :)
Segue esta, que é das minhas favoritas, sendo eu pouco conhecedora.
Esta é para F. , única pessoa com quem poderei falar sobre música, livros e, possivelmente cinema, num determinado espaço, por determinado tempo.
Tropeçamos sempre em boa gente, é o que vale.
Ou estaria pronta a atirar-me ao pequeno lago, que me dá xixi todas as tardes, ao ouvir o correr das águas... na vã esperança de me afogar.
Para quem não acredita seguem mais dois exemplos, de fontes diferentes...
1 - Quero muito ler as Sombras de Grey.
(ok... não vou desenvolver isto. Seguiram-se umas referências a livros que lemos na escola)
2 - Obrigada por me emprestares o livro... acabei o meu.
- Ah. claro, comprei, mas não li.
- Ah, mas devias, ele tem graça na escrita, com os neologismos e...
- Oh, eu compro os livros, mas não leio nada. Guardo-os para quando for velha, para ter o que fazer!
(juro...ando sem argumentos)
F. , dou graças pela tua presença. ;)
Amanhã levo o Woody Allen, que hoje não tive tempo para lhe pegar e quero relê-lo; arranca-me sempre boas gargalhadas. E assim até me sinto num livro dele.
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Little Murder Stories I
Tirei férias da lamuria e do peso.
Apetece-me abrir dois sois em lugar d'olhos, assim em pestanejar alegre.
Uma cantilena que se afinou na garganta, em gargalhada muda, interior.
Trago nos lábios beijos roubados entre lençóis, antes que se escapasse o momento.
"Piiiii acima e piiii abaixo", um rodopiar de espera tornada agora.
O momento que, ido, não pode já ser roubado. Quando muito, esquecido.
Agora era dança, rodopiante, de saia rodada, sem saia.
Memória, pestanejada, tristeza em férias.
Levada a saudade a banhos, vem revitalizada.
Que a saudade é assim mesmo; é desejo cumprido e comprido. Antes. E depois.
Saudade sente-se do que se cumpriu.
Abrem-se dois sóis. Um relampejo de vitória, paixão e sossego.
E chega a noite.
Apagam-se os sóis. Mas não se ouve o lamuriar.
Apenas um murmúrio de cantilena afinada.
Aquela que será sempre do momento.
Que toda a vida tem banda sonora.
Limpa-se a faca. Arruma-se na mala. O mar à espera do mergulho.
Há muita vida pela frente.
Apetece-me abrir dois sois em lugar d'olhos, assim em pestanejar alegre.
Uma cantilena que se afinou na garganta, em gargalhada muda, interior.
Trago nos lábios beijos roubados entre lençóis, antes que se escapasse o momento.
"Piiiii acima e piiii abaixo", um rodopiar de espera tornada agora.
O momento que, ido, não pode já ser roubado. Quando muito, esquecido.
Agora era dança, rodopiante, de saia rodada, sem saia.
Memória, pestanejada, tristeza em férias.
Levada a saudade a banhos, vem revitalizada.
Que a saudade é assim mesmo; é desejo cumprido e comprido. Antes. E depois.
Saudade sente-se do que se cumpriu.
Abrem-se dois sóis. Um relampejo de vitória, paixão e sossego.
E chega a noite.
Apagam-se os sóis. Mas não se ouve o lamuriar.
Apenas um murmúrio de cantilena afinada.
Aquela que será sempre do momento.
Que toda a vida tem banda sonora.
Limpa-se a faca. Arruma-se na mala. O mar à espera do mergulho.
Há muita vida pela frente.
Do preferir manter-se ao sol que atirar-se à tempestade
Circulina - miúda, é certo - não é já uma fedelha.
Mantém-se de alguma forma jovial com passos de dança facilmente confundíveis a espasmos, ginástica facial espontânea e reactiva, a que chamam "caras engraçadas", gargalha sempre que pode e recusa-se a usar saltos agulha - diz que assemelhar-se a uma gazela acabada de nascer não lhe assenta bem e pronto!
Maquilha-se apenas para as saídas raras, que lhe apraz o ritual, os lábios vermelhos e os olhos a preto.
Circulina não se julga "fresca que nem uma alface", nem tem pretensões de ter outra idade que não a sua. Não acha sequer que assim pareça... Assim calha julgarem, pela forma de estar e apresentar.
Não pode, portanto, estranhar que alguém que podia ser quase (será só quase?!) seu pai, se sinta tentado a atravessar a crise pós-divórcio apreciando a sua companhia, com convites e avanços que lhe soam algo tolos, juvenis, num tagarelar entre o galanteador mais velho e o uso de expressões de puto que a irritam sobejamente.
Desconforto valente este, que não aprecia galanteios demasiado doces nem sinais de imaturidade no verbo, em especial forçada. Mesmo vindo de alguém que até pode não ser desagradável à vista, a quem interesse, pois claro, e cheio de delicadezas.
Mas garota esquisita, que precisa de pujança, na fala e no trato. De arrebatamentos e de estímulo... há quem lhe chame xonezice.
O que Circulina aprecia é espantar-se ainda. De se fascinar. Coisa rara...
É a montanha-russa, com espaço para o suspiro e o enleio.
Para o arrebatamento, a paixão e a carne; sempre essa, que é fraca mas não vai lá só com palavras doces.
Quando muito... com parvoíces e outras "ices"
Mas isto não. Isto não!
Isto dá náusea da bem má. Cria fuga e distanciamento.
Prefere guardar a ficha da montanha-russa para melhor ocasião...
Até lá, nada de "mais uma corrida, mais uma viagem".
Fica-se pela banca do algodão doce e pela máquina dos bonecos.
Mantém-se de alguma forma jovial com passos de dança facilmente confundíveis a espasmos, ginástica facial espontânea e reactiva, a que chamam "caras engraçadas", gargalha sempre que pode e recusa-se a usar saltos agulha - diz que assemelhar-se a uma gazela acabada de nascer não lhe assenta bem e pronto!
Maquilha-se apenas para as saídas raras, que lhe apraz o ritual, os lábios vermelhos e os olhos a preto.
Circulina não se julga "fresca que nem uma alface", nem tem pretensões de ter outra idade que não a sua. Não acha sequer que assim pareça... Assim calha julgarem, pela forma de estar e apresentar.
Não pode, portanto, estranhar que alguém que podia ser quase (será só quase?!) seu pai, se sinta tentado a atravessar a crise pós-divórcio apreciando a sua companhia, com convites e avanços que lhe soam algo tolos, juvenis, num tagarelar entre o galanteador mais velho e o uso de expressões de puto que a irritam sobejamente.
Desconforto valente este, que não aprecia galanteios demasiado doces nem sinais de imaturidade no verbo, em especial forçada. Mesmo vindo de alguém que até pode não ser desagradável à vista, a quem interesse, pois claro, e cheio de delicadezas.
Mas garota esquisita, que precisa de pujança, na fala e no trato. De arrebatamentos e de estímulo... há quem lhe chame xonezice.
O que Circulina aprecia é espantar-se ainda. De se fascinar. Coisa rara...
É a montanha-russa, com espaço para o suspiro e o enleio.
Para o arrebatamento, a paixão e a carne; sempre essa, que é fraca mas não vai lá só com palavras doces.
Quando muito... com parvoíces e outras "ices"
Mas isto não. Isto não!
Isto dá náusea da bem má. Cria fuga e distanciamento.
Prefere guardar a ficha da montanha-russa para melhor ocasião...
Até lá, nada de "mais uma corrida, mais uma viagem".
Fica-se pela banca do algodão doce e pela máquina dos bonecos.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
E diz a Adilia Lopes
Se não fecho
algumas portas
há correntes de ar
a mais
Se fecho
todas as portas
não posso sair
mais
Se não abro
algumas portas
não fecho
algumas portas
Se abro
todas as portas
desintegro-me
in LE VITRAIL LA NUIT / A ÁRVORE CORTADA
Esta mulher e meter portas ao barulho... ela está na minha cabeça. Ah, está!
Esta mulher e meter portas ao barulho... ela está na minha cabeça. Ah, está!
domingo, 20 de outubro de 2013
sábado, 19 de outubro de 2013
Com collants às bolinhas sou invencível.
Recusam-se ambos os convites para jantar: dela e dele.
Porque não me aguento nos saltos.
E tenho uma malha nos collants.
Parece que com collants às bolinhas também sou invencível. O mesmo não se pode dizer dos collants. Esses morreram mal nasceram.
Se eu andasse por aí viva, não apenas invencível, mas viva, estava-me bem marimbando para a malha nos collants.
Mas vim para casa.
Trocar os sapatos.
Pôr verniz nos collants (que morrem quando eu quiser, mesmo que me deixem chateada).
Alimentar a gata.
E recolher-me na compreensão de que estou agoniada por mim e por todos os que se encontram mortinhos por dentro.
Que tentam ver algo bonito e dão de caras com o outro, que os desperta apenas para a sua finitude e todas as coisas que dão lugar à pena. Pena deles e de si próprios. Pela sua incapacidade.
Pelo constante desencontro.
E é assim. Um dia já foi. E nada aconteceu.
Porque não me aguento nos saltos.
E tenho uma malha nos collants.
Parece que com collants às bolinhas também sou invencível. O mesmo não se pode dizer dos collants. Esses morreram mal nasceram.
Se eu andasse por aí viva, não apenas invencível, mas viva, estava-me bem marimbando para a malha nos collants.
Mas vim para casa.
Trocar os sapatos.
Pôr verniz nos collants (que morrem quando eu quiser, mesmo que me deixem chateada).
Alimentar a gata.
E recolher-me na compreensão de que estou agoniada por mim e por todos os que se encontram mortinhos por dentro.
Que tentam ver algo bonito e dão de caras com o outro, que os desperta apenas para a sua finitude e todas as coisas que dão lugar à pena. Pena deles e de si próprios. Pela sua incapacidade.
Pelo constante desencontro.
E é assim. Um dia já foi. E nada aconteceu.
E depois do "clube de leitura"...
... quase lamento esta mortandade. Que o sentir é coisa bonita. Do que me lembro.
E diz o Vinicius Moraes no seu Soneto do Amor Total
AMO-TE TANTO, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, como grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo, de repente
Hei-de morrer de amar mais do que pude.
E diz o Vinicius Moraes no seu Soneto do Amor Total
AMO-TE TANTO, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, como grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo, de repente
Hei-de morrer de amar mais do que pude.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Mas já ninguém crê no...
... Dead Inside, She said... ?
Não bastava ter uma criatura de Deus, com nem dois dedos de cérebro a dizer que me vai arranjar um namorado, agora o Facebook também já acha que é hora e manda assim umas sugestões como quem a coisa não quer.
Está, assim, muito bem, pronto. Já esbugalho menos os olhos a lidar com estas coisas. Diz que é do hábito.
Não bastava ter uma criatura de Deus, com nem dois dedos de cérebro a dizer que me vai arranjar um namorado, agora o Facebook também já acha que é hora e manda assim umas sugestões como quem a coisa não quer.
E eu a pensar que o pior de sempre tinha sido ter um tio a perguntar-me em pleno funeral da minha avó, quando é que eu arranjava um bebé... nem querendo saber quem seria o felizardo pai ou se existia. Tenho é que ter bebés!
Está, assim, muito bem, pronto. Já esbugalho menos os olhos a lidar com estas coisas. Diz que é do hábito.
Porque é que eu não tenho mais amigos?
Porque me rio toda contente com filmes assim...
E ainda revejo, para o partilhar.
E porque os poucos amigos que tenho são meninos para se rirem a par comigo. Nem que seja acompanhados de um "Ewwwww!!!"
Ou ainda filmes assim... que me renderam um (ex)namorado a olhar, com ar de quem comeu limão azedo, para mim e para um amigo, enquanto nós, divertidíssimos, comentávamos a rever determinadas cenas... (percebem agora o pormenor do ex)
Bom... esta música nunca mais foi a mesma para mim!
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Uma bomba. Era só uma bomba... ali, bem no meio.
- Pronto, agora não tenho revista... comprei ontem! É só uma vez por semana. Que seca!
- Pois... (nunca sei o que dizer acerca de revistas cor-de-rosa. nunca sei o que dizer a estas pessoas, ponto final) Mas, então, traz um livro! Eu costumo trazer...
- Creeedooo! Eu lá tenho paciência para ler!!?
(Jesus Fuckin' Christ... tentei manter o queixo no sítio o melhor que pude. A custo. Mas ela continuou)
- Já as revistas só leio as letras gordas... não estou para ler as pequenas.
(ok... matem-me agora. Vá, quero mudar de assunto. Mas que assunto? Já vos disse que tenho alguns problemas sociais?! Começo a achar que afinal não é um problema meu... como se fala com estas pessoas, mesmo?! e continua...)
- Por acaso havia de comprar livros lá para casa...
(sim... assim tipo tapetes. Fica bem. Faz lá falta, para compor a coisa. E segurar a mesa bamba. E servir de base de copos. E isso.
Parte para uma série de perguntas acerca da minha vida pessoal. O que me desagrada para lá de muito.
Desvio. Mas parece um cão, agarrado a um osso ainda cheio de xixa.
Pergunto-me, mais uma vez, como raio dar-me com pessoas assim?!)
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
“It was true that I didn’t have much ambition, but there ought to be a place for people without ambition, I mean a better place than the one usually reserved. How in the hell could a man enjoy being awakened at 6:30 a.m. by an alarm clock, leap out of bed, dress, force-feed, shit, piss, brush teeth and hair, and fight traffic to get to a place where essentially you made lots of money for somebody else and were asked to be grateful for the opportunity to do so?”
― Charles Bukowski, Factotum
― Charles Bukowski, Factotum
roubado AQUI
terça-feira, 15 de outubro de 2013
I used to love jesus but now I love the devil
(foto tirada aqui pela menina Ninguém, algures pela alta da cidade-ovo)
(roubado no FB)
Jesus, if you're reading this, you better bring me some chocolate...
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Segundas Feiras, para que vos quero...
Hoje vi um tipo com uma espécie de antena parabólica atrelada atrás da cabeça.
Não vi sobre o que era, que qualquer olhadela a mais podia resultar em risada descarada.
Fiquei-me assim por um olhar de soslaio, o suficiente para dar conta do ar miserável e contrariado da criatura e pensar para os meus botões... Foda-se, ao que nos sujeitamos por uns trocados.
E segui, para o país dos-meia-lecas.
Comecei e acabei um livro.
Não me fez sentir melhor que o "Mulheres" de Bukowski.
Hei-de postar aqui qualquer coisita...
Mas o negrume do dia, o negrume do meu humor e o negrume do livro podia levar ali a um belo carnaval de cabeças a voar. Até lá vi umas catanas e armas fantásticas afins para o efeito!
Definitivamente não gosto de conhecer muitas pessoas. São decepcionantes.
Esta quer arranjar-me um namorado. Diz que é boa casamenteira. Isto depois de descaradamente perguntar se era casada, se tinha filhos ou se tinha namorado.
Que conheceu o namorado dela na escola. Que ele ainda lá está... não é burro; mas não sei o quê (confesso, aqui desliguei, só pensava porque raio ainda não tinha ela parado de falar e porque raio havia eu de querer saber da vida privada dela).
Continuou.
Bem... isso é ser burro. Estamos juntos há 4 anos. Tem um feitio... não sai aos pais. São muito calmos. ele não... não é português, é... (ok, desliguei outra vez...).
Continuou.
É. Vai arranjar-me um namorado.
Saltou-me um sobrolho, desta vez.
Foda-se. Que rica ideia! Um namorado. Burro. Um namorado burro. É mesmo isso que estou a precisar.
Oh que caraças!
E é isto. Aposto que o tipo da parabólica às costas é bem feliz.
Não vi sobre o que era, que qualquer olhadela a mais podia resultar em risada descarada.
Fiquei-me assim por um olhar de soslaio, o suficiente para dar conta do ar miserável e contrariado da criatura e pensar para os meus botões... Foda-se, ao que nos sujeitamos por uns trocados.
E segui, para o país dos-meia-lecas.
Comecei e acabei um livro.
Não me fez sentir melhor que o "Mulheres" de Bukowski.
Hei-de postar aqui qualquer coisita...
Mas o negrume do dia, o negrume do meu humor e o negrume do livro podia levar ali a um belo carnaval de cabeças a voar. Até lá vi umas catanas e armas fantásticas afins para o efeito!
Definitivamente não gosto de conhecer muitas pessoas. São decepcionantes.
Esta quer arranjar-me um namorado. Diz que é boa casamenteira. Isto depois de descaradamente perguntar se era casada, se tinha filhos ou se tinha namorado.
Que conheceu o namorado dela na escola. Que ele ainda lá está... não é burro; mas não sei o quê (confesso, aqui desliguei, só pensava porque raio ainda não tinha ela parado de falar e porque raio havia eu de querer saber da vida privada dela).
Continuou.
Bem... isso é ser burro. Estamos juntos há 4 anos. Tem um feitio... não sai aos pais. São muito calmos. ele não... não é português, é... (ok, desliguei outra vez...).
Continuou.
É. Vai arranjar-me um namorado.
Saltou-me um sobrolho, desta vez.
Foda-se. Que rica ideia! Um namorado. Burro. Um namorado burro. É mesmo isso que estou a precisar.
Oh que caraças!
E é isto. Aposto que o tipo da parabólica às costas é bem feliz.
domingo, 13 de outubro de 2013
sábado, 12 de outubro de 2013
Ele há dias!
Se queres ter mil e uma atenções, é saír em figura domingueira, de quem anda aqui só pelos arredores, sem banho tomado, desgrenhada e vestida com a primeira tralha que te aparece, sem a passar a ferro.
Em menos de nada, tinha um chocolate, uma garrafa de água, um molho de flores na mão.
Em menos de outro nada tinha uma flor em material reciclado na outra mão.
E um nada depois, tinha... hummm... na boca?! um papel com um poema de Fernando Pessoa. Ok, este último foi de uma banca de livros e oferecido por uma senhora que prometeu tentar vezes sem conta trazer a Adília Lopes à cidade-ovo. Isso é que era assunto.
E agora vou-me. Outra vez. De banho tomado e bem "amanhada". A ver se passo despercebida.
Em menos de nada, tinha um chocolate, uma garrafa de água, um molho de flores na mão.
Em menos de outro nada tinha uma flor em material reciclado na outra mão.
E um nada depois, tinha... hummm... na boca?! um papel com um poema de Fernando Pessoa. Ok, este último foi de uma banca de livros e oferecido por uma senhora que prometeu tentar vezes sem conta trazer a Adília Lopes à cidade-ovo. Isso é que era assunto.
E agora vou-me. Outra vez. De banho tomado e bem "amanhada". A ver se passo despercebida.
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Escrevi há muitos anos...
... (e depois apaguei, para não ferir susceptibilidades.)
Fui ao Porto
com o meu amante
Andei muito a pé
Outras vezes de Andante.
É isto.
Não tem gracinha nenhuma agora. Na altura teve.
Já fui Feliz no Porto.
Não fui eu que disse.
Fui ao Porto
com o meu amante
Andei muito a pé
Outras vezes de Andante.
É isto.
Não tem gracinha nenhuma agora. Na altura teve.
Já fui Feliz no Porto.
Não fui eu que disse.
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Pffffffffffffffffffffttttttttt...
Este blog chegou ao fundo do poço, caramba. Já dá azia, náuseas, males de fígado... Meh!
Hora de disparar baboseira.
Ninguém voltou. (espero que não se baralhem)
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Oh George...
“Ahh, what’s the point? When I like them, they don’t like me, when they like me I don’t like them. Why can’t I act with the ones I like the way I do with the ones I don’t like?”
“You’re giving me the ‘It’s not you, it’s me’ routine? I invented ‘It’s not you, it’s me’! No one tells me it’s them. If it’s anybody, it’s me!”
Picnic Sushi.
É o que retiro do dia.
Que se fornique o resto.
Eu escreveria, com todo o gosto "que se foda", mas por vezes tropeça por aqui uma alminha (acho que se finou de vez) que lançava sempre um "não digas foder".
Que fazer... também prefiro fazer asneiras a dizê-las. Mas na impossibilidade de tal, deixai-me dizer o que me apetece.
Mas isto era sobre o picnic. De sushi.
Bom a valer. Com toalhinha e tudo.
Isto às vezes até parece boa, a vida, vejam só. Mas a comida tem esse efeito em mim.
O sushi em especial.
Hoje a postadela é para lá de dispensável. Mas isto é meu, certo?!
E por aqui.... já sabem.
É o que retiro do dia.
Que se fornique o resto.
Eu escreveria, com todo o gosto "que se foda", mas por vezes tropeça por aqui uma alminha (acho que se finou de vez) que lançava sempre um "não digas foder".
Que fazer... também prefiro fazer asneiras a dizê-las. Mas na impossibilidade de tal, deixai-me dizer o que me apetece.
Mas isto era sobre o picnic. De sushi.
Bom a valer. Com toalhinha e tudo.
Isto às vezes até parece boa, a vida, vejam só. Mas a comida tem esse efeito em mim.
O sushi em especial.
Hoje a postadela é para lá de dispensável. Mas isto é meu, certo?!
E por aqui.... já sabem.
Isto, pois!
Clicar, "faxavor" > Louie: Season 2, Episode 6 – Subway/Pamela
(sim, os anuncios são uma praga... mas desaparecem, com jeitinho)
...
Há sempre qualquer coisa nos banhos.
terça-feira, 8 de outubro de 2013
E diz Carlos Drummond de Andrade
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
E o que se faz com isto?
Nada.
Aprende-se a tocar guitarra ou violino ou a cantar afinadamente... sei lá.
Nada.
Aprende-se a tocar guitarra ou violino ou a cantar afinadamente... sei lá.
- Então não podíamos ter ficado ali sentados, à frente? Tinhamos que nos vir enfiar aqui atrás?!
- Ahhh, lá agora, ir ali, a ensinar o caminho ao Diabo! - responde o marido, nariz comprido e peludo, como só a velhice sabe decorar, a propósito de viajarem sentados de costas voltadas para a frente do autocarro.
♥
Tenho que deixar de ouvir música nos transportes publicos. Tudo me parece lindo, meloso ou dramático, assim, com banda sonora.
- Ahhh, lá agora, ir ali, a ensinar o caminho ao Diabo! - responde o marido, nariz comprido e peludo, como só a velhice sabe decorar, a propósito de viajarem sentados de costas voltadas para a frente do autocarro.
♥
Tenho que deixar de ouvir música nos transportes publicos. Tudo me parece lindo, meloso ou dramático, assim, com banda sonora.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Não vejo a ponta d'um corno
Ok, é uma péssima piada.
Não é que isso me interesse particularmente.
Para os coxos de compreensão ou de conhecimento do que se trata isto...
É o chamado Bolo Corno. Ao qual faltam as duas pontas.
Pronto, assim já podem perceber melhor que a piada é simplesmente má.
E de repente...
... o picnic de tuperwares tornou-se assustador.
sou eu e a minha fobia social a funcionarem?!
Ou é mesmo aquele alarme a tocar?!
Oh raios!
sou eu e a minha fobia social a funcionarem?!
Ou é mesmo aquele alarme a tocar?!
Oh raios!
Para não parecer sempre velhinha... outra versão. Aviso: Post pré adolescente
Tenho a certeza que nesse dia estarei a repor horas de sono, tendo adormecido com os fones espetados nas orelhas e o tipo bem pode chamar por mim.
Também pode acontecer ter ido tomar banho e ter espuma nos olhos...
Ou vou estar a fazer um exame e a ouvir apenas o "encha o peito de ar. Não respire. Pode respirar".
Ou simplesmente não verei nada que sou distraída como a merda e não vejo ninguém.
Excepto, claro, se for um tipo alto, moreno, olhos verdes, suficiente de barba, suficiente de pêlos, de melena algo desgrenhada,... mas aí é possível que babe 3 segundos, dê uma cotovelada na amiga que tiver ao lado e passe a atenção para a prateleira dos chocolates em menos de nada.
Querido tipo que um dia vai chegar e tal, por favor, pisa-me um pé, ou assim. E não desistas à primeira erguidela de sobrolho. Pisa duas vezes, a ver se eu topo.
Preocupa-me também que o tipo chegue e ainda seja mais parvo e cegueta do que eu. Está o caso mal parado.
Isto é um post de merda.
Se o blog não melhorou até hoje... era agora que ia mudar, não?!
Que pita dos diabos.
domingo, 6 de outubro de 2013
Delay
A partir de uma varanda.
Se isto não é de ter vergonha, não sei o que será.
"Let's see each other again. Then, if you think we shouldn't be together, tell me so frankly... That day, six years ago, a rainbow appeared in my heart. It's still there, like a flame burning inside me. But what are your real feelings for me? Are they like a rainbow after the rain? Or did that rainbow fade away long ago?..."
2046 - Wong Kar Wai
sábado, 5 de outubro de 2013
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Irreal Social... ou, Querido Diário, eis uma seca!
A manhã de ontem não começou bem.
Até sair à rua ainda não tinha a certeza se já tinha acordado ou se estava a ter alguma espécie de pesadelo foleiro. Nope.
Tive a certeza quando me tentaram entrar casa de banho adentro, no café, com chave e tudo e continuaram a comunicar comigo, reforçando a minha querida bexiga tímida. Sim, é patético, mas toda eu sou um consolo de maluquices.
A ideia de ser apanhada no típico equilíbrio de casa de banho pública, com as calças semi-em-baixo-presas-pelas-generosas-coxas, enquanto pensava na puta da minha falta de sorte, não me foi nada agradável.
Ontem era dia de eremita. Tinha que ser, mas não foi. E esqueci-me da música em casa. E do livro.
Tive que enfiar a máscara socialoide-falo-que-me-desunho-isto-é-tudo-tão-divertido, quando fui capaz, e conviver com cerca de 30 pessoas.
Comi um mini pão-de-ló. Ajudou um bocado. Depois de comer fico mais agradável; saciar fomes é sempre um bom remédio.
Tenho a sorte de me acharem uma graçola. Nunca percebi muito bem qual é o problema daquelas gentes, mas acham-me graçola. Devo ser boa para teatro, como dizem. Ou embarco bem naquilo, acho que é isso.
Também gosto de algumas gentes, não estou assim tão adormecida!
Excepto no auditório. Aí estava.
Quase me emocionei a ver o tipo de cadeira de rodas que apresentou o surf adaptado. Mas isso posso desculpar com os desequilíbrios emocionais. E o sono. E já vos disse que a manhã começou mal. Na verdade o egoísmo não me permitiu senão pensar em mim. Ou, no máximo, um "foda-se... há gente que está pior que eu!" No entanto não foi má consciência. Foi um "foda-se, quero estar melhor na vida e esta gente está-me a deixar deprimida!".
Depois pensei que iria parar ao inferno, se existisse tal coisa, e que iria ser bem maneirinho, todo aquele festareu sem julgamentos e o quente e o carago.
Depois comi, outra vez, e fiquei melhor com isto tudo. Pensei eu.
Mas depois vem um tipo todo giraço, animado, vivaço, falar das suas viagens em bicicleta, que faz com a namorada, que embarcaram nesta aventura e bla bla bla e deixaram empregos e juntaram-se logo e e e e... e fiquei com vontade de lhe bater. Isso e fugir para qualquer lado, fosse de bicicleta, carro, comboio ou montada num burro. No fundo foi só um ataque de dor de cotovelo. Eram um casal dos diabos. Giros, encaixavam que metia nojo.
O dia podia ter sido pior. Mas podia ter sido melhor; não encontrei o livro que queria, que ia bem no menu de ontem, para algum consolo e aliviar dores de barriga. "Contos de Amor, Loucura e Morte", de Horacio Quiroga.
Em vez de o ter oferecido na altura, devia-o ter comprado para mim. Já lá vão uns anos, mas ainda o choro.
Querido Lugones, Chamuça ou assim, se leres esta merda, perdoa-me.Nunca mo emprestaste como combinado... mereces roubo. (o que vale é que só vens ler e comentar quando escreves algo no teu blog e queres leitores e comentários. Merecemos a amizade um do outro, no fundo.)
E assim se escrevem coisas sem pés nem cabeça, um dia depois do que devia ser.
Vão ler livros a sério, pá!
Ou continuem aí, que tenho muita bodega sem jeito para escrever.
Até sair à rua ainda não tinha a certeza se já tinha acordado ou se estava a ter alguma espécie de pesadelo foleiro. Nope.
Tive a certeza quando me tentaram entrar casa de banho adentro, no café, com chave e tudo e continuaram a comunicar comigo, reforçando a minha querida bexiga tímida. Sim, é patético, mas toda eu sou um consolo de maluquices.
A ideia de ser apanhada no típico equilíbrio de casa de banho pública, com as calças semi-em-baixo-presas-pelas-generosas-coxas, enquanto pensava na puta da minha falta de sorte, não me foi nada agradável.
Ontem era dia de eremita. Tinha que ser, mas não foi. E esqueci-me da música em casa. E do livro.
Tive que enfiar a máscara socialoide-falo-que-me-desunho-isto-é-tudo-tão-divertido, quando fui capaz, e conviver com cerca de 30 pessoas.
Comi um mini pão-de-ló. Ajudou um bocado. Depois de comer fico mais agradável; saciar fomes é sempre um bom remédio.
Tenho a sorte de me acharem uma graçola. Nunca percebi muito bem qual é o problema daquelas gentes, mas acham-me graçola. Devo ser boa para teatro, como dizem. Ou embarco bem naquilo, acho que é isso.
Também gosto de algumas gentes, não estou assim tão adormecida!
Excepto no auditório. Aí estava.
Quase me emocionei a ver o tipo de cadeira de rodas que apresentou o surf adaptado. Mas isso posso desculpar com os desequilíbrios emocionais. E o sono. E já vos disse que a manhã começou mal. Na verdade o egoísmo não me permitiu senão pensar em mim. Ou, no máximo, um "foda-se... há gente que está pior que eu!" No entanto não foi má consciência. Foi um "foda-se, quero estar melhor na vida e esta gente está-me a deixar deprimida!".
Depois pensei que iria parar ao inferno, se existisse tal coisa, e que iria ser bem maneirinho, todo aquele festareu sem julgamentos e o quente e o carago.
Depois comi, outra vez, e fiquei melhor com isto tudo. Pensei eu.
Mas depois vem um tipo todo giraço, animado, vivaço, falar das suas viagens em bicicleta, que faz com a namorada, que embarcaram nesta aventura e bla bla bla e deixaram empregos e juntaram-se logo e e e e... e fiquei com vontade de lhe bater. Isso e fugir para qualquer lado, fosse de bicicleta, carro, comboio ou montada num burro. No fundo foi só um ataque de dor de cotovelo. Eram um casal dos diabos. Giros, encaixavam que metia nojo.
O dia podia ter sido pior. Mas podia ter sido melhor; não encontrei o livro que queria, que ia bem no menu de ontem, para algum consolo e aliviar dores de barriga. "Contos de Amor, Loucura e Morte", de Horacio Quiroga.
Em vez de o ter oferecido na altura, devia-o ter comprado para mim. Já lá vão uns anos, mas ainda o choro.
Querido Lugones, Chamuça ou assim, se leres esta merda, perdoa-me.Nunca mo emprestaste como combinado... mereces roubo. (o que vale é que só vens ler e comentar quando escreves algo no teu blog e queres leitores e comentários. Merecemos a amizade um do outro, no fundo.)
E assim se escrevem coisas sem pés nem cabeça, um dia depois do que devia ser.
Vão ler livros a sério, pá!
Ou continuem aí, que tenho muita bodega sem jeito para escrever.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Bom dia, alegria!
Devo ser a única pessoa que deseja um bom dia ao motorista do autocarro que apanho.
Acho que só faço isto de manhã... deve ser para contrariar o ar remeloso-mal-disposto-de-música-nos-ouvidos-para-não-aturar-mais-ninguém e sentir que até sou uma pessoa amável e simpática. Até sou.
Cheira-me que os motoristas já deram conta, porque o de hoje piscou-me o olho.
Acho que só faço isto de manhã... deve ser para contrariar o ar remeloso-mal-disposto-de-música-nos-ouvidos-para-não-aturar-mais-ninguém e sentir que até sou uma pessoa amável e simpática. Até sou.
Cheira-me que os motoristas já deram conta, porque o de hoje piscou-me o olho.
Como diria alguém... Vidas!
Ao ler "Mulheres" de Bukowski, senti, inicialmente que esta personagem, Chinaski, seria uma dessas criaturas xonés que de alguma forma me atrairia, sabe Deus porquê.
Na continuidade do livro, após ainda me rir com o personagem, passei a achá-lo vulgar, odioso, patético... No fundo, um pouco como a minha última relação.
Estou quase, quase a terminá-lo, não passa de hoje. Resta saber se também vou ficar com a sensação de que nunca mais lhe vou querer pegar.
terça-feira, 1 de outubro de 2013
E diz Paul Celan
CORONA
Da mão o outono me come sua folha: somos amigos.
Descascamos o tempo das nozes e o ensinamos a andar:
o tempo retorna à casca.
No espelho é domingo,
no sonho se dorme,
a boca não mente.
Meu olho desce ao sexo da amada:
olhamo-nos,
dizemo-nos o obscuro,
amamo-nos como ópio e memória,
dormimos como vinho nas conchas,
como o mar no raio sangrento da lua.
Entrelaçados à janela, olham-nos da rua:
já é tempo de saber!
Tempo da pedra dispor-se a florescer,
de um coração palpitar pelo inquieto,
É tempo do tempo ser.. É tempo.
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