segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O problema deve ser meu

Há umas quantas coisas que se escrevinham pelas redes sociais que me escapam grandemente.
Já não falo do "lol", que esse já teve direito a observações várias, incluindo concluir (olha que bem que isto soa) que na maioria das vezes, as pessoas escrevem "lol" quando não têm mais que dizer, querem encerrar um assunto e na verdade com um trombil mais sério e apático do que quando se está a caír para o lado de sono.
Eu até nem queria ser preconceituosa, mas que fazer, tal como todo o comum mortal, tenho cá as minhas coisinhas e há que confessar, ver gente com a minha idade e ainda mais velha a escrever isto... nheee... não sei, soa-me a patetice.
Que fazer... não me batam! Também já me disseram, numa destas cafezadas em que nos confessamos todos acerca destas patacoadas, que eu estou sempre a anunciar os meus lanches. Agora até tenho medo de comer.
Falar dos "like" nas próprias postagens também será escusado... é mais que claro que se postas... gostas. E quando assim não é, há geralmente uma qualquer observação, não vá alguém confundir-se e tomar-nos por pacóvios (pela parte que me toca, pensem lá o quiserem; até tenho gosto em ser um pouco parola).
Mas agora também vejo outras parvoeiras várias. Uma delas é a imbecil frase feita "beijo no coração". Catano... dengosa sou eu, muitas vezes, em fraqueiras senis, em certos comentários e com certas pessoas. Mas, beijo no coração?! Mas que raio de bodegada. É que não consigo deixar de imaginar um cenário sanguinário, coração a latejar, ares de aflição e horrores vários que me dariam todo o gozo num filme de terror. Mas num comentário? Pelamordedeus, não me dêem beijos no coração que eu não quero!
E sendo coxa, tenho receio de não vos conseguir fugir, nessa bondade imensa que é dar-me beijos cardíacos!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O Chão é Cama para o Amor Urgente


O chão é cama para o amor urgente, 
amor que não espera ir para a cama. 
Sobre tapete ou duro piso, a gente 
compõe de corpo e corpo a húmida trama. 

E para repousar do amor, vamos à cama. 

Carlos Drummond de Andrade, in 'O Amor Natural'