quinta-feira, 23 de outubro de 2014

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Karma Repair Kit: Items 1-4


1. Get enough food to eat,
and eat it.

2. Find a place to sleep where it is quiet,
and sleep there.

3. Reduce intellectual and emotional noise
until you arrive at the silence of yourself,
and listen to it.

4.


Richard Brautigan

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Carago, pá!!!
Sai de mim, caneco. Irra!!
Exorcismos precisam-se, por favor... Eficazes.
Obrigada, é só.

sábado, 4 de outubro de 2014


Três.
Três arrumados de uma lançada só.

Que os sonhos a um só pertence.
Infelizmente.
Os cinzas que se fundem nas cores quentes que espreitei antes de adormecer
foram o bastante para que em sonhos voltasse.

É praga.
É demência.

Mas é isto.


terça-feira, 9 de setembro de 2014

Já me lembrei porque não gosto de branco...

O momento trapalhão e algo bonito em que apertas um daqueles soutiens de fecho à frente enquanto falas ao telemóvel, percebendo que te dá imenso jeito usar as duas mãos e durante essa ginástica reparas, ao espelho, como as tuas mamocas estão tão redondicas devido ao soutien e aqueles especiais dias do mês que te põem, num momento a carpir mágoas porque um palmier te lembra de uma boa lareira, e no seguinte estás a cuspir fogo porque o carago da peúga ficou-te presa no dedão e ias partindo os dentes da frente porque a pisaste com o outro pé fazendo-te embater na mesa e no degrau e no lava-louça... usando durante esse processo todo um vocabulário rico capaz de fazer corar qualquer taberneiro.

O outro momento menos bonito mas mais embaraçante em que pela noite despes a bonita, leve e fina túnica branca e vês que o soutien se esqueceu de tapar o mamilo direito na totalidade,



Começo a achar que ando com uma fixação estranha pelas minhas mamocas.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

para xoninhas...

... embora o Kevin Ayers seja mal empregue...



sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Preto no Branco é... Cinza




Um dia tive um encontro desastroso.
Quer dizer... não parecia, mas foi.
Um tipo todo pintas, de cabelo grisalho, como parece que passei a gostar recentemente...


Começou bem, com uma conversa fluída e interesses coincidentes, outros com potencial para partilhar.
Mas a coisa deixa de correr bem quando percebo que não acompanham, não entendem ou não apreciam o meu humor.
A incapacidade de não perceber qual foi a hipótese não ajudou.
Seja como for, alguém que não tenha ou não acompanhe o meu humor deslocado, doentio ou de merda, não pode ser feliz comigo, na certa!
Não que eu quisesse casar com ele, vamos lá ver... mas o que eu também não queria mesmo era encatrafiá-lo no meu lar, como me pareceu esperar, assim como quem está a comer uma sandes de manteiga. Ora...


Isto da idade traz umas coisas. A vulgaridade e facilidades em alguns campos da vida andam assim a  modos que a meter-me fastio. E eu tenho tendência a ficar tonta com carroceis e montanha-russa; já aqui o disse.


Um tipo que não percebe quando lhe falo "da pá" ou que quando lhe digo que um dos "festivais" que apreciei; já que não sou fã de tal; foi de Roxy Music, mas que tive de gramar com Paulo Gonzo,que é "muita bom" e o tipo me faz uma cara sem expressão... não deixando perceber se:

- me ouviu ou não,
- gosta de Paulo Gonzo,
- percebeu ou não a ironia,
- inserir mais hipóteses, que desconfio que serão muitas!


 E que quanto mais eu tento discernir o que aquela não-cara significa, explicando que é uma cáca, mais a cara dele me parece não tanto uma cara, mas um balão por desenhar... não será, definitivamente, um tipo que eu queira a mostrar imaginação entre paredes, lençóis ou coisa que o valha.

Isto de beber café com um tipo cheio de pinta e não sentir cá fogo a crescer devia dizer-me qualquer coisa.

A última vez que senti fogo a crescer levei com um balde de água gelada e foi o diabo. Deve ser por isso.
Mas este cinza era uma espécie de cópia em formato mais pequeno e mais novo do verdadeiro cinza. O do balde. E eu não me posso fiar em cópias... certo?!

Depois de poemas e músicas e desejos enviados de partilha e cafés e  o Diabo a quatro, não ter a xixa entre mãos em modo 1 2 3,  arrefeceu o moço a quem a poesia escasseou em três tempos.
Assim como a vontade de cafés. E a felicidade por me conhecer e eu ter aparecido naquele antro asqueroso a que só vou de arrasto.
Acho que percebeu que cafés não simbolizam uma volta entre amassos.
Isto não é gente que faça falta, certo?!

Querido Diário. Era assim que eu devia ter começado.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Do Outono a chegar até mim

Como se ainda em tenra carne tocasse
e o cheiro sentisse
de uma caneca de café
e bolos saídos do forno.
Como se ainda hoje esquecesse levar a mão à boca
que de alimento me sentia cheia
e hoje, de ti, vazia.
Como se ali sentado,
no móvel, junto à janela,
me enchesses ainda a casa e o peito.
E eu esperasse,
adivinhando as cobertas até ao pescoço,
- oposto a tudo o que é para outros olhos -
para me sentir pequenina e tontinha
mas pertencendo ali desde sempre.


domingo, 24 de agosto de 2014

Não deve haver maior insanidade do que a de ter a consciência da mesma pelos suspiros contínuos roubados por um qualquer cinzentão que se esfumou.
Diabos o levem! Que a mim já me levaram.

sábado, 9 de agosto de 2014

Entretanto tomei o comprimido
e passou.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Estranha vida esta em que um dia cheguei, cabeluda, de triângulo escarlate berrante, sem que por um segundo pensasse na dicotomia que me iria afectar quando brincasse às gentes crescidas.
Não poderia nunca ser pessoa entre pessoas, de duas pernas, dois braços, cabeça no sítio.
Não sei se sempre me estranhei entre os outros, se estranhei os outros que se fechavam em círculo.
Eu ali, no meio, a tapar ouvidos e boca, para que não me deixasse enganar por interpretações erradas e para que não saísse a palavra torcida. Olhos abertos para me engalfinhar no mundo de alguma forma.
Não sei brincar às gentes crescidas. Pior: começo a invejar-lhes a capacidade de o serem. Porque sinto coisas que desejo para mim, e isto é, para mim, uma novidade - não o desejar, que em mim, é uma constante; disto, daquilo e daqueloutro; mas o que se descobre agora, como objecto de desejo.
Estranha vida esta em que nunca me irei encaixar na perfeição ou lá perto.
Que num dia, como o tempo, tudo por aqui é quente, acolhedor e no outro, cai um qualquer nevoeiro, uma morrinha irritante que não me deixa enxergar nada senão a puta da pedra em que o meu dedão bateu.
Se me acordo feliz por ter o privilégio de ser uma sobrevivente, logo haverá momento em que isso não me basta, que sobreviver não é mais que isso.
E eu, como cantava o outro, quero é viver.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Eu já não tenho idade para isto.
Mas pior:
Parece que ainda não tenho idade para isto.

Vou-me dedicar à plantação de salsa ou coentros.

Homens-Cinza

Não, não me refiro a DC Comics nem a nenhum feiticeiro (hummmm...) ou a qualquer música dos Titãs.

É antes uma espécie que revolve mioleiras e causa acessos de problemas respiratórios, palpitações e outras perturbações mais ou menos graves, mais ou menos solucionáveis.

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Eu, que ando com problemas de assentar férreos pés na terra, sem que a dita me coma até ao tutano e me deixe apenas o espaço de uma palhinha para respirar - e toda a gente sabe que eu não sei respirar como as boas gentes respiram - vejo-me caminhar de mãos, os pés ali a flutuar e -quase jurava! - a soltar risadinhas, no seu inchaço e sua coxidão disfarçada.
Não sei porque se me pôs a dançar a cintura, até os sapatos gastarem os dedos dos pés e eu não ter pensos para proteger a canseira e o medinho de bailaricos de pés, e dedos, e cintura, e vontades.
De repente rodopiava e questionava-me porque me sentia tão Dr. Jekyll & Mr Hyde, após um copo ou dois ou três, que foi a  conta que Deus fez. E se Deus fez concerteza não o fez para meu mal. Isto para quem ler e crer. E de momento só acredito que três foi só o começo.
Para mais, eu cá só creio no que sinto e cheiro e desolho.
E o ímpeto de tudo isso,cheira-me, sinto e desolho-me, nada tem a ver com Deus.


domingo, 3 de agosto de 2014

Em baloiço. Perdão; balanço!

Por aqui pressentem-se mudanças.
São os moveis a trocar de lugar, roupa, traquitanas, louça, tudo num virote;
São amigos que mudam o rumo e levam um pedacinho de nós;
São mudanças que se dão em mim, que me libertam e me dão espaço... espaço há demasiado tempo ocupado.
São mudanças que se adivinham e mudanças que se desejam.
E são ainda mudanças que se desejariam mas que não serão para agora... talvez para nunca.

Antes mudar, que estagnar. Assim espero.

domingo, 20 de julho de 2014

bah



There are those who worship loneliness, I'm not one of them

In this age of fiberglass I'm searching for a gem
The crystall ball upon the wall hasn't shown me nothing yet
I've paid the price of solitude but at least I'm out of debt.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Pintar o cabelo com uma tinta nova, de espuma e ficar com metade da testa pintada e sabe deus atrás como estou...
Querer calçar uns soquetinhos transparentes e encontrar uns de renda, outros às bolinhas, outros aos corações... um de cada espécie, entenda-se. foda-se, vou com estes belos sapatinhos sem meias!
Calçar os sapatos ainda de mamas ao léu.
Dar conta, enquanto seca, que o cabelo está a ficar demasiado vermelho... foda-se, queria laranja.
Faltam 10 minutos para me apanharem e ainda tenho os dentes para lavar, escolher um casaco e desconfio que o gato bebé que veio aqui parar com a mamã há dias está ali outra vez... foda-se, virei iman de gatos abandonados!!!!

ah, que vida sexy e interessante eu tenho... not!

(nota: como não podia deixar de ser, o resto da noite continuou a prometer... desta feita fui assediada por um jovem casal - oh deus, espero que não fossem afinal irmãos! - estrangeiro, de cabelinhos dourados. Não gosto de louros. Mas a parte ridícula nem é bem essa... é mesmo a minha cara a olhar para o rapaz, por uns segundos que pareceram horas, ainda na minha santa inocência, a tentar perceber se o conhecia, para me estar a abraçar... pfff... ca burra!)

Deve ser velhice, isto...

Dou comigo incomodada pela frieza com que as pessoas se acomodaram.
Eremita sou eu, de vez em quando e rodeio-me de poucas pessoas, porque não acredito em multidões. Mas questiono-me se as pessoas efectivamente gostam de morrer sozinhas.

Deve ser TPM, isto. Ou TDM. Ou o carago.

Das Pragas... :/ Coisa boa, isto. Enfim...

Bring it all back baby, everything we did was wrong,
Leave it where we found it, oh baby please be gone.
Dreams are easy, but baby understand,
It was so very hard for you, to leave your everlovin' man.

(...)

I don't need your lovin', I don't want your lovin',
I don't have your lovin', Oh baby no more.

sábado, 28 de junho de 2014

Brincar ao faz-de-conta...

...enquanto tiro os picos que estão cravadinhos

quinta-feira, 26 de junho de 2014

E ela gritou, para dentro,
num exorcismo capaz de expulsar demónios por todo o mundo:

nunca mais faço palmiers
nunca mais faço palmiers
nunca mais faço palmiers
nunca mais faço palmiers
nunca mais faço palmiers
nunca mais faço palmiers
nunca mais faço palmiers
nunca mais faço palmiers
nunca mais faço palmiers
nunca mais faço palmiers
NUNCA MAIS FAÇO PALMIERS
NUNCA MAIS FAÇO PALMIERS!!!

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Maravilhas de Estimação III

Para manter a coisa equilibrada, como maravilha de estimação, trago algo que não é novidade: A música salva.
Também nos dá cabo do miolo, mas bem escolhida salva.
Ora esta é uma delas, para berrar a par - sim, só vale se puder fazer figuras bonitas.

Ódios de Estimação III

Um grande ódio de estimação são as histórias mal resolvidas, com a cauda presa na porta.
É ver-me obrigada a confrontar e a confrontar-me para fechar a porta sem rabos por lá metidos.

Revivalismos

"Ela gosta é deles com ar de menininhos" - dizia ele que só queria ser o daddy de miúdas com pelo menos 10 anos a menos que ele e com ar de terem menos 20...

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Maravilhas de Estimação II

A música que postei abaixo do Ódio de Estimação II.
E mais umas quantas deste senhor. Muitas.
E hoje choramingo que me encho de ranho, por não poder ir vê-lo na minha cidade.
Vida de pobretanas é uma merda. (esta parte podem encaixá-la num qualquer ódio de estimação)

Ódios de Estimação II

Estarem sempre a escrever "lol" e "lololol"... Ok, não é preciso ser sempre; basta fazerem-no. Uma vez que seja.
O ódio cresce quando, em vez de o escreverem, o dizem.
A sério...


Aprendi a amar pela madrugada 
no frio denso, no frio denso 
com os dentes fechados a morder o lenço 
sem poder calcar a porta de entrada 
aprendi a matar bem mais do que penso 
aprendi a matar bem mais do que penso. 

Aprendi a amar com as duas mãos 

de amor intenso, de amor intenso 
uma para a ferida outra para o penso 
a molhar os dedos nos líquidos sãos 
aprendi a matar bem mais do que penso 
aprendi a matar bem mais do que penso. 

Aprendi a amar junto dos armários 

queimando incenso, queimando incenso 
repetindo mais palavras por extenso 
aprendi a amar por motivos vários 
aprendi a matar bem mais do que penso 
aprendi a matar bem mais do que penso. 

Aprendi a amar derramando vinho 

no mar imenso, no mar imenso 
a ver se não perdia o que sei que não venço 
deixando corpos caídos no caminho 
aprendi a matar bem mais do que penso 
aprendi a matar bem mais do que penso.
Uma das vantagens de alguém que gostamos ou gostávamos comportar-se com um perfeito anormal de 13 anos, mesmo tendo mais 30 em cima, é pensarmos que vamos vê-lo e poder dançar sem ter que ir como uma menina a chorar para um canto.
O que não quer dizer que não chute a mobília quando chegar a casa...

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Porra, pá.

Está calor ou é impressão minha?! Nem vem que não tem... (com sotaque brasuca, claro!)

Maravilhas de Estimação I

Porque não pode ser tudo mau...

Uma das minhas maravilha de estimação é, por viver sozinha,  poder andar de mamocas bamboleantes ao léu pela casa. É que até neste submundo fica calor de vez em quando.
Oupa lalala!!

sábado, 14 de junho de 2014

Ódios de Estimação I

Este é mesmo de miúda birrenta, mas que se lixe; enerva-me!

- Roubarem-me coisas... e usa-las como suas. - só admitido em determinados casos, em que o convivio nos leva a fazê-lo inevitavelmente. Aí chega a ter graça, pela espontaneidade.

É que é deprimente e um 'cadito pateta.
Uma espécie de Maria vai com as Ostras (ohohohoho!). - de notar que, por sua vez, as Ostras não iam atrás de ninguém.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Sou uma miúda crescida...

Um dia disseram-me, a propósito de canitos, algo com graça.
Dei agora conta que se passa o mesmo em relação aos homens, de há uns tempos para cá...
Se antes era uma terrível tendência para criaturas mais novas, agora, como dos cães, só gosto dos velhos e estropiados (do miolo).

domingo, 8 de junho de 2014

E é isto.



(...)
I flipped my forelock, I twitched my withers, I reared and bucked
I could not put my rider aground
All these fine memories are fuckin' me down

I dreamed it was a dream that you were gone
I woke up feeling so ripped by reality
Love is the king of the beasts
And when it gets hungry it must kill to eat
Love is the king of the beasts
A lion walking down city streets
(...)

Show me the way, show me the way, show me the way
To shake a memory

segunda-feira, 2 de junho de 2014


FODEI-VOS!

é isto.
(desculpem, mas para manter o sorriso amarelo pseudo-simpático tenho que despachar o fel de alguma maneira. porque não aqui e deixar imagem de pita frustrada e de mal com o mundo?! é.)

quarta-feira, 21 de maio de 2014

coisa bonita, esta;
o meu ímpeto de "grammar nazi"
denunciar-me ali na hora.

coisa bonita, aquela;
perceber que o umbigo alheio
lhe é (e tão somente isso) tão importante
que se denuncia também.

lembro-me de tudo perfeitamente.
como se fosse numa outra vida.
como a doença de que padeci.
tão real e tão estranho que me já é.

sábado, 17 de maio de 2014

Hoje é um mau dia.
É só.
Por agora.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

estou-me a sentir,
com o meu "tocador de musicol",
o mesmo que sinto com o meu guarda-fatos...
Não tenho nada para ouvir!!
Alguém devia impedir-me
de pegar numa tesoura
e no meu cabelo
no mesmo instante.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Eu sei lá.
Eu quero é dançar.
Sacudir o pó da roupa.
E os nervos do corpo.

sábado, 10 de maio de 2014

Comer o pão
Que o gato amassou.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Quando foi a distribuição de xixa nas orelhas
eu devia ser a 1º da fila. Foram generosos.

Acho que é para eu parar de dizer que sou estreitinha em cima.
Talvez seja boa ideia anunciar

Queridos visitantes;
O meu polegarzinho já não me fode a vida!
Ide sossegados e na paz do senhor, da senhora, do que seja.
Não há nada para ver aqui.

No entanto continua a haver muita coisa que me fode o juízo.
Mas isso são outros quinhentos.


(Nota: adoro escrever aqui asneiredo. Ahhhhh... a liberdade da ordinarice blogueira)

Foda-se.
Sou um cliché.
Tenho roupa para lá de aos  montes.
E ando sempre com a mesma merda.
E com a sensação que não tenho nada do que quero vestir.
Pffffff....
Estou pasmada
com a quantidade de gente que aqui vem ter
pela pesquisa no google
que os leva direitinhos para o post "O Meu Polegarzinho Fode-me a Vida".
Devem ser belíssimas pesquisas.

Começou a doer-me a cabeça
Logo após começar a doer-me a memória.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Depois de regar os meus morangos
Está a entrar-me pela casa um tremendo cheiro a coentros.
Que grande pessegada aqui vai!

terça-feira, 6 de maio de 2014

Tenho tantas pedras nos sapatos
Que fiquei
Sem espaço para os pés
Coitadinho do meu blog...
É só disparates e despejos radioactivos.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

As maravilhas de sonhar é que me farto de passear e não gasto um tostão.
Podia era ter ido para mais longe... apre, que até a sonhar sou pobre!

E então vai que sonho que num momento de quem anda mais a dormir que acordada me meto num expresso e de repente saio no metro, numa estação que dava acesso ao Cemitério dos Prazeres.
Depois encontrei gente conhecida - pelos vistos aquilo é um mundo de vivos, com direito a cafés lá dentro e tudo - e fartei-me de chagar as gentes a perguntar que estação era aquela, qual era o nome da saída...
Depois não perguntem como, estava a  mudar de roupa num sítio que tinha as casas de banho públicas, mas que afinal era também um consultório qualquer em que toda a gente teimava entrar - comigo de calças na mão.
Fartei-me de me questionar como raio me tinha eu metido no expresso, que devia andar mesmo cansada, já que nem da viagem me lembrava e que agora tinha que voltar, que tinha marcado com uma amiga às 14h e que era o raio de um desperdício de dinheiro ir vir a Lisboa assim, numa manhã, quando queria tanto ir lá passear com tempo.
Depois acordei, na certa com a música terrível que vinha a tocar no expresso... pois as putas das vizinhas estavam outra vez com o radio ligado... E esta parte foi bem acordada, já.
A enxada... a enxada....qual pá, qual quê!!

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Coleccionismo

Há quem coleccione:
selos
blocos de papel perfumados
cartas
calendários
marcadores de livro
borrachas de diferentes formatos
canetas
moedas
cromos...

Eu também colecciono cromos.
Daqueles de carne e osso.
Não sei de onde chovem, mas caraças, que todos me descobrem o quintal.

O que é assustador é pensar no que raio os atrairá até mim.
O que os fará meterem conversa, chegar-se...

Mas pior mesmo, é começar a dar conta que há pouca gente sã do miolo neste mundo.
Já não creio sequer na minha própria sanidade.

E é isto.
Mas deve ser sono.

terça-feira, 22 de abril de 2014

O que fazer quando se está fodidinha da cabeça e pouco há que se possa fazer quanto a isso?
Sim, é retórico.
Se o rato do pc empanca, atira-se contra a parede?
Se te dói o miolo até te saltarem os olhos, matas os vizinhos porque têm péssimo (des)gosto musical e parecem surdos a avaliar pelo volume a que ouvem rádio e comunicam entre si?
Se estás farta de certas pessoas, das suas ideias mesquinhas e clichés de cinco tostões, daqueles que podiam bem figurar no facebook, com imagens de rosas e póneis de fundo e uma música bem foleira a acompanhar... deveria mandar calar estas bocas, dar-lhes com uma pá, atirar-lhes uns livros às trombas... qualquer coisa para as manter ocupadas e de boca fechada?! sei lá... dar-lhes um frango assado e um garrafão de tinto...
Se estás farta das achegas de um bando de miúdos, que têm tudo menos idade para serem miúdos, dás-lhes dois tabefes ou uma gilette e é mandá-los aparar o buço?!
...
Quantos anos são precisos para me habituar a esta rotina do não-respire-pode-respirar? Quantos anos são precisos para deixar de avaliar as expressões, os sons, as palavras pós-exame?
Quantos mais passam, mais o medo cresce.
Como um encontro marcado, daqueles que evitamos o mais possível.

Hoje esqueci-me quase de respirar. Ou o corpo esqueceu-se e eu dei conta.

Há alturas em que preciso mesmo muito do meu ninho.
Onde posso entrar, partir a loiça. sem ter que poupar ninguém. sem me expôr.

Um dia destes apago esta merdice. Bah!

sábado, 12 de abril de 2014

Ainda a propósito de rapazes II

E se fosse uma dessas criaturas que buscam o amor ou a companhia com todas as forças, como que a trepar paredes ou a matar cachorro a grito, estava bem tramada.
Sim, que com o jeito que eu tenho, sei bem que o potencial-gajo-Uau ia aparecer-me à porta, sabe-deus-porque-motivo, num momento pós-insónia em que lhe apareceria nestas tristes figuras. (ou pior... Oh deus, ou pior!!!)

Sim, eu desenho mal... mas atrevam-se a dizê-lo e vão corridos à pazada.

ainda a propósito de rapazes I


Roubado AQUI

(sim, rapazinhos, que no fundo também é isto muitas vezes. o ser humano é um bicho!)

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Se há coisa que me dá um tremendo gozo e vontade de dar risadinha, é ouvir a minha gata, com aquela boquita de dentinhos afiados, trincar as bolinhas de ração, em barulhinho estaladiço, crocante que faz metade das ditas ficarem espalhadas pelo chão.
Sim, acho que estou uma completa "crazy cat lady".

Eu sou é doente, que ainda me dou a isto...

Uma pessoa vai cuscar o que raio as pessoas pesquisam para - pobrezinhas - aqui cair e até fica algo satisfeita por ver que ainda cá vêm dar muitos sem ser por engano. Ohhhh! Quase me comovo. Se fosse dada a essas coisas.

O cotão (com e sem til) mofo era escusado, é certo, mas ninguém me manda escrever parvoíces e enganar as pessoas, que pensam que vão encontrar aqui a solução mágica para o desaparecimento destes. Lamento. Mas se entretanto tiverem dado com isso, por favor partilhem; ajudariam imenso aqui nas lides domésticas e era mais fácil encontrar a gata sem ser após 15 dias.




Tudo muito lindo até aqui. Até porque não tenho grandes expectativas quanto ao tasco já que pouco o dou a conhecer e menos ainda quero dar a cara. Era o que faltava...
É que quero barafustar à vontade! Dar-me ao queixume, ao asneiredo, ao disparate, sem as alminhas a mandar posta de pescada. Até porque eu já mando aqui tanta... e ainda assim sou mais dada a fanecas.
Mas isso agora não interessa nada.

O que é certo é que caem aqui pessoas estranhas ou por pesquisas estranhas...
Digo eu...


Não sei que diga a isto. Espero que quem pesquisou a 1ª tenha tido sucesso além de vir dar ao post sobre o meu polegar ferido. AQUI A propósito, está melhor, obrigada. Um bocado mutante, com ataques de comichão, uma leve dor, mas já aperto o soutien. Desapertar só para dormir, para mal dos meus pecados. Não pode andar tudo bem.

O segundo... bom, já sabe o que uma miúda que nasceu em mil novecentos e etc e tal faz quando está adoentada ao caír AQUI

O terceiro... lamento, mas não vos posso ajudar nesse. Até eu gostava de saber onde a criatura foi dar ao certo e perceber a fixação por sexo com collants - não, não vou eu pesquisar, que não quero históricos manhosos nem dar-me a trabalhos para apagar. Já vos disse que sou meio (meio... ahahahaha!) paranoica?! E espero que se referissem a sexo com os collants vestidos... e não sexo com os ditos...propriamente dito. weirdo.

Mas todo este espanto se dilui (ok, não, a cena dos collants ainda me está a ocupar o cérebro) perante a última pesquisa descoberta.
Não podemos gostar todos do mesmo e bla bla bla. Certo. Mas isto... isto, senhores... isto... não sei como acabar a frase!



E é isto. Boa noite.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

deve ser da Primavera ou o caraças

terça-feira, 1 de abril de 2014


Never trust words
Never trust acts
Never trust.
http://comicallyvintage.tumblr.com/


sleep, calm down, don´t be stupid and don't jump into the abyss



with love,

Your Heart (Pfffft Liar... Your brain)

a reter:

sossego é o melhor remédio

sexta-feira, 28 de março de 2014

quarta-feira, 26 de março de 2014

Diz Adília Lopes

Nunca fodi. Mas não me importo de morrer sem ter fodido. Apaixonei-me. E ninguém por quem eu me tenha apaixonado se apaixonou por mim. Acho horrível uma pessoa foder sem estar apaixonada. Acho horrível uma pessoa nunca ter se apaixonado. Acho que é o pior que pode acontecer a uma pessoa. Não é nunca ninguém ter se apaixonado por nós. É tão horrível alguém apaixonar-se por nós e nós não podermos corresponder. As paixões desencontradas são como as cabeças trocadas.
 *
Posso morrer porque amei e porque fui amada. Gostei de homens, de mulheres, de velhas (de velhos não), de bebés, de bichos, de plantas, de casas, de filmes, de concertos, de quadros, de teorias, de jogos, de pastéis de nata, de jesuítas, de russos, de hamburguers, de Paris e de Londres.  Nunca fui a Nova York e gostava de ir, mas não me importo de morrer sem ter ido. Também nunca tive um orgasmo, mas posso morrer sem nunca ter tido um orgasmo. Não me arrependo de nada. É claro que Nova York não se compara com um orgasmo. Um orgasmo é muito mais importante.
 *
Para foder, nestes tempos que correm, parece que é preciso um escafandro. As pessoas pensam muito em foder. E sofrem muito quando não fodem. Quem não pensa em foder está fodido. Mas as pessoas fodem e não são felizes.
 *
O deserto está perto. Sempre. Mas o deserto é fértil.
 *
Pateta, patética, peripatética: eu.

Do livro Irmã Barata, Irmã Batata (2000).  Adília Lopes

Por vezes questiono-me...

... parecerei eu, um daqueles bonecos "engraçadinhos" de borracha ou um qualquer bibelot ou quem sabe um qualquer brinquedo que anima qualquer festa?!

For God Sake...

terça-feira, 25 de março de 2014

A Náusea

Foda-se!

Não me ocorre escrever mais nada.
Há dias do carago em que determinadas pessoas não se deviam cruzar connosco. Blhargh!

sábado, 22 de março de 2014

Dizia Mário Quintana, no ano em que nasci...


Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!
 
(Prosa e Verso, 1978)




Os 35 já lá vão e com eles conto deixar as pragas que me roubaram minutos dos ditos. 
Os 36 serão melhores. Bem melhores.
(ou querem que eu arranque olhos?!)

quinta-feira, 20 de março de 2014

Sweet Memories

guardar

envelopes
papeis com lacre com direito a inicial
cordeis
laços
insignificâncias várias

devia estar reservado
apenas para as idades miúdas

em que o suspiro
não sendo retribuído
passa mais rápido
que um arroto
pós-coca-cola.


segunda-feira, 17 de março de 2014

I´m in the mood for Murder

Enquanto as imbecis das vizinhas assassinam com voz de bezerro na matança as únicas músicas aceitáveis que passam além parede, eu escolho as armas para acabar com o sofrimento.
Sim. Estas matam vampiros... mas da forma como estas tipas me sugam a paciência, é melhor não deixar nada ao acaso.



sábado, 15 de março de 2014

O sal.
Do sal.
Com sal.
Sei la.

Estar mortinha ou mortificada.
Vá o Diabo e escolha.
Só não me ponham ao volante que já não conduzo há muito tempo.
É isto.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Shiu!

I watch from a tower in the back of my mind
I watch from a window as the living walk by
Down below
Walking with quiet dreams
Walking out quiet day
And in my head
I might be sorry it makes no difference now
I might be wishing I had someplace to go
Hit the streets
Out in search for the self that has left me lying
And I never seem to notice
It's too late before I know that all
The love inside has been empty
The world we made has been ending
And like a ghost that hangs around and won't forgive its earthly sins
I've carried on this love for you
It's how my body lives

My darling
How are you?
How have you been lately?
I only seem to speak to you of superficial things

Creator, you destroy me
You know my hunger well
And yet you starve me
Until I'm begging on my knees

And these are a few of very many things
I can't begin to say out loud
If only this song could carry us on
But I know I'm only entertaining myself

I felt that even after I've been stripped of all my pride
There still remains a place for you to crawl up inside
To crawl up inside
To crawl up inside
And I'm out of my mind
Out of my mind
Murderous bitch I'm out of my mind
I'm out of my mind
To be in love with you
The way that I'm in love with you
The way that I'm in love with you

Fuck this and everything we've done
Fuck you
Fuck you and your lies



terça-feira, 11 de março de 2014

Tenho um amigo daqueles que quero guardar para a vida.
Às vezes não sei bem porquê... Passámos a comunicar meio às escondidas, num trocar de mensagens ou mails "higiénicos", passámos a "não poder" frequentar os aniversários um do outro e, na verdade, acho que passámos a ter pouco a dizer um ao outro. Talvez nada.
Hoje tropecei numas fotos nossas. Tínhamos um ar perfeitamente feliz, leve, arejado, de quem pouco teme nesta vida e pouco tem com que se chatear.
Sim, acontece a todo o bicho careta. Mas foi nas nossas fotos que tropecei.
E fiquei ali, entre a pressa de quem tinha que se pôr a andar e a vontade de as vasculhar todas.
E a vontade de as partilhar com ele. E com quem nos acompanhava.
Diz que isto chega com a idade. Mas eu acho que é outra coisa...
Os amigos deviam ser para a vida. Estar presentes. Serem em todos os momentos, mesmo que na ausência física.
As afinidades deviam servir para alguma coisa. As saudades deviam ser mortinhas... Os momentos deviam ser recordados.
Nem toda a gente aprecia as mesmas xaxadas, os mesmos filmes bons e merdosos, a mesma música, o mesmo humor imbecil. As pessoas querem-se bem por alguma coisa, não?!  Oh hum.
Acho que ando uma lamechas.

Tenho que ir ver em que dia do mês estou.
(tinha que dizer alguma merda parva! já estava a meter um bocado de nojo...)
uma
arma
que
mate
esta
"coisa"
de
uma
vez
que

não
suporto
a
náusea.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Deixem-me...

... que estou só a ter os últimos fanicos, rumo à liberdade. Que já me faz falta.


Precisava de levar os olhos a banhos...


da frustração de não saber desenhar

Ando agarrada à caneta e lápis e sei lá que mais, com unhas e dentes. Nem tanto... com as mãos! assim é que é.
É um desgosto dos diabos, não ter a capacidade de colocar em papel, todo este mundo que trago no miolo.
É uma imaginação e pêras, isto... mas desenhar, 'tá qu'eto!

Grande merda, é o que vos digo!
Valha-me caír aqui apenas meia dúzia de gatos pingados, metade dos quais por engano e que não me conhecem de lado nenhum (abençoadinhos) e poder postar as ranhosices que vão saindo.

Mas um dia aprendo!!

isto


... é deixar o passado onde deve estar.
cheira a mofo e diz que faz mal à saúde, quando já está degradado.
guarda-se o que de melhor tem. a música. sempre.


quarta-feira, 5 de março de 2014

Tolices de fedelha

Roubei esta tolice da net, não me perguntem de onde... (sim, estão mortinhos por saber)

Tive que acrescentar 2ª versão em baixo, porque definitivamente eu não encaixo no 1º caso.
A única diferença, quando muito, poderá ser na indumentária, que a forma como eu ando por casa... Dear God!
(Sim, caros ex-amante, ex-namorado e ex-coiso, eu consigo ser mais descabelada que aquilo,  vestir pijamas mais foleiros e meias então, nem queiram saber...)
Assim sendo, o meu caso é o de baixo. Excepto a parte de rastejar pelo chão.
Se não recordarmos "aquele" fim de ano, em que escorreguei no vinho que tinha a mais pela goela abaixo e que os outros, em vez de beber, deixaram deslizar para o chão. Qualquer coisa assim.
Quero continuar a convencer-me que foi uma queda cheia de pinta, mas as dores do dia seguinte que me obrigaram a voltar a esta cidade querem provar o contrário. Pormenores!
O que interessa mesmo é que eu faço figuras a dançar e gosto. Desde que não caia.


Mais um "Sei que..."

... sou uma valente fedelha quando, após aquecer demasiado o leite, o despejo na caneca, sai uma nata nojenta, enorme, encorpada e eu solto alto e bom som um tremendo "BLHEEAAAAAH!!" A vantagem de viver sozinha: ninguém tem que assistir a isto. Que é como quem diz, não há testemunhas. (a gata compro-a com biscoitos ou migalhas de pão)

segunda-feira, 3 de março de 2014

Devo ter (mais um) problema

Estou-me a borrifar para o que levam vestido as gentes dos Óscares... Na verdade nem ligo a tv para tal coisa. Apre... uma pessoa cheia de insónias a ver se ronca e no vislumbre da net só vê gente excitada com este assunto. Se calhar é esse o meu problema; se visse, adormecia em menos de nada.

sábado, 1 de março de 2014

Tenho saudades de rumar ao Norte.
De ir ao Fantas e deitar-me de manhã depois de rir estupidamente de filmes estapafurdios com os meus.
Sim, os meus. Expressão que incomoda a alguns, não sei porquê.
Há pessoas que são as nossas... não interessa a chatice, a distância e o catano.
Sei lá... deve ser das memórias que se fizeram e mantêm.
Tenho saudades disso, de comer bolachas ao chegar e nos distribuirmos como podíamos pela casa.
Tenho saudades de rumar a Sul. Passear pelos montes de tralha, de fotografar parvoeiras, de ouvir tocar viola a horas tolas, de dormir naquele "meu" quarto, de passear de meias, sair ali para perto que é tão longe, fazer listas de locais, ir só a metade, fazer a panela da sopa para os dias de "lanzeira", de aparecer alguém à socapa, de juntar a tralha comprada em cima da cama, mais as gulodices esquisitas e ficar deliciada a olhar, mesmo antes do suplicio de imaginar o que é enfiar tudo de volta na mala e carregar, de sentir a náusea do voltar...
Acho que tenho saudades de mim, que fiquei perdida algures, nem a norte, nem a sul, nem ao centro.
A flutuar algures e não há meio de aterrar.
Estão fartinhos de fazer pontaria...

Você Decide!

Entre apaixonar-me
e ter uma constipação

escolho a constipação.

Passa mais rápido
faz menos estragos
e resolve-se com comprimidos,
chá de limão, mel e gengibre
e pouco mais.

Consome igualmente imensos lenços de papel.

(ando uma praga, eu)
(ler com algum humor, ploamordasanta!)

E dizia Jorge de Sena

– Meu corpo, que mais receias?
– Receio quem não escolhi.

– Na treva que as mãos repelem
os corpos crescem trementes.
Ao toque leve e ligeiro
o corpo torna-se inteiro,
todos os outros ausentes.
Os olhos olham no vago
das luzes brandas e alheias;
joelhos, dentes e dedos
se cravam por sobre os medos…
Meu corpo, que mais receias?
– Receio quem não escolhi,
quem pela escolha afastei.
De longe, os corpos que vi
me lembram quantos perdi
por este outro que terei.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Bruuuuuuuuuunoooo,

o Chicooooooo??

Libóóóriooooooo!!!

Pronto, lembrei-me desta treta, sei lá porquê.

Parece que era como a mãe destes três marmanjos os chamava, à janela, na hora de irem para casa.
Contou um amigo em comum.
Acho... Já passaram muitos anos.

Eu comecei a brincar com a coisa e chamava assim as canídeas:

Laaadyyyy,
a Brownieeeeee?
Finóóóriiiiaaaaa!!!

Pronto, duas das canitas já foram... agora, chego, lancho e ando.

Rico post...

Lar Doce Lar

Primeiro foi a invasão das aranhas gigantes.
Gorduchas, de perna bem feita e "xixa" generosa, com atrevimento suficiente para se meterem na minha cama e fazer-me guinchar como um bezerro bebé, ao mesmo tempo que esbracejava e parecia treinar para o recorde do salto em altura...
A minha figura ao deparar-me com tais visitas e, na certa, pelas minha descrições, é tal, que tive direito até a uma ilustração.
Daquelas em cima do joelho. Mas quem pode pode! Eu não posso... E é uma pena.

Ó!

Depois as aranhas tiveram juízo; perceberam que no Inverno é melhor estar lá fora do que aqui dentro. É que aqui faz mais frio e nem o aquecedor ajuda. 
Além do mais, berro muito quando vejo as contas.
Mas com o Inverno vieram as chuvadas e instalou-se uma piscina interior. Instalou-se ou vai-se instalando, que isto é conforme lhe apetece.
Foram momentos divertidos, de esfregona em punho, a ver quantas asneiras seguidas conseguia dizer sem me repetir. Acho que desenvolvi os músculos do lado direito durante o processo; estou ainda mais assimétrica.

Entretanto acalmaram-se as águas, arrumei a esfregona, não voltei a ter tento na língua e outra praga se instalou.
É que estas crises de nervos puxam-me pelas vontades chocolateiras. Elas já eram tantas... E devo ter uma casa doce. 
Agora vieram as formigas, que não estão para molhar as patas e devem ter ouvido algum boato de que aqui se adoçavam bicos! Olha se lhes falam no café das velhas...

A minha máquina de pastilhas está com um aspecto fenomenal... parece uma espécie de orgia, com muitas drogas à mistura... elas ali, as formigas, espojadas, coladas nas pastilhas, em grupos, a moverem-se lentamente.. quase as ouço num riso estúpido e com música de fundo...



O melhor é dedicar-me à faxina e esperar, com uma boa dose de coisas calmantes, chás, ervas e outras merdas, pela próxima praga.
A minha casa é pequenina, é velhinha, mas não há criatura que  não se sinta bem por cá. E quem não sente, não é filho de boa gente!! (sim, não é bem isto, mas eu reinvento o que eu quiser)

NOTA IMPORTANTE: A quem gosta de tirar pastilhas da minha máquina, prometo que vai ser muito bem lavadinha e logo que possa, reponho o stock.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

- isso já não é tanto o meu género
- (exacto)

das coisas seguras de ouvir para expulsar demónios

Let Me Put My Hands Under Your Dress, Baby

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Triste

é saberes que há alguém
capaz de te dar o mundo
e tu, pobre de mundo,

teres as mãos rotas
para o receber.

E na falta da palavra, há sempre a música

E diz alguém, por mim, que perco já língua


Devia haver software
para desinstalar saudades e outras maleitas.


Saber com todas as letras e imagens exemplificativas
que alguém não é, simplesmente, gostável
devia ser suficiente para arrumar na gaveta e deixar a ganhar mofo
até ir para o lixo, reciclar ou deixar desfazer por si próprio lá atrás no quintal.

É uma chatice -
verdadeiramente
- esta agonia
e vontade de te vomitar

bocadinho a bocadinho

expulsar com cada lágrima
a tua ridícula
finita
e curta
existência em mim.

O meu corpo

ainda não tinha cicatrizes suficientes.



( a juntar às que não se vêem e que se fizeram sentir hoje. A par com a do polegar - ambas me fornicam o miolo e hoje preciso dormir. é só.)

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Amor é...

... a gata ir cagar a caixa de areia toda, logo a seguir a eu terminar de a lavar e pôr areia nova e ainda assim eu não a estrangular.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Preciso de horas extras!

Sabes que andas com pouco tempo para respirar sequer
quando olhas para o espelho e não reconheces as tuas mamocas.

( e como mal me penteio, qualquer dia ainda cumprimento a tipa que me aparece pela frente, quando me levanto)


domingo, 16 de fevereiro de 2014

O meu polegarzinho fode-me a vida

Um pequeno polegar
é a grande diferença

entre fechar um casaco
ou rapar um frio dos diabos!

entre calçar uns ténis porreiros
e os pirosos de andar por casa, que fecham com velcro

entre andar com as "meninas" firmes e seguras num soutien bem apertado
e andar com elas em modo "wild & free" na correria do dia.


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Muahahaaha!!

Estas datas festivas, semi festivas e de festinhas são qualquer coisa no mundo facebookiano e afins.
É só gente nervosa.
Os que estão sozinhos e a parecer que estão a tentar acasalar agora à última, os que sentem necessidade de declarar o amor à sua cara-metade ali perante todos, os que criticam este dia, que é odioso e inventado pelos capitalistas, mais os que vociferam contra os que amam apenas neste dia e ainda os que se queixam sobre os que aclamam estar felizes mesmo sem terem cara-metade com que partilhar o dia, porque sendo feministas faz-lhes cócegas que precisem de afirmar isso.

Sei lá... parecem-me todos patetas a partir do momento que são todos demasiado sérios. Ficam infelizes e irritados com a felicidade e a infelicidade alheia. Não há quem os console.
Todos têm uma valente teoria sobre o que deve e como deve ser...

Não sei... desde que se esteja bem com a vida... não?!

Acho que mais vale cada um tratar da sua horta... hoje quem se aclama entendido na poda, andou ontem a carpir a arrancar cabelos e unhas... quem se acha feliz a dois, já o foi "a solo" e vice-versa... e já todos chorámos miseravelmente pela ausência de alguém, bem como já demos graças por ter tempo só para nós.
Andávamos todos tão mais contentes se nos víssemos felizes com a felicidade alheia. Ou pelo menos indiferentes, quando nada nos dizem. Ou seria ainda de tentar perceber pelo menos quem não sente essa felicidade... não passámos já por lá?!

Nestas alturas é que devemos olhar para o nosso umbigo... e não quando nos pedem para estendermos a mão. Mas isso sou eu, que ando a ficar picuinhas com merdas.

Pronto, já caguei também a minha sentença.
Agora vou sofrer um bocadinho do lado esquerdo; mais precisamente com o polegar, esse miserável insensível!




quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Farewell



Lembro-me de quando as despedidas eram como se fosse a última vez que as pessoas se viam.
Quando o sentimento estava ali e havia um qualquer palpitar, uma já falta... uma saudade precoce.
Eu devo ser muito velhinha... 
As despedidas agora parecem-me coisa desprendida, de reencontro certo, de tudo garantido.
E nem sempre as pessoas se voltam a ver. Nem sempre as coisas são garantidas...

Isto a propósito de coisa nenhuma. Só de um filme, que volto a postar, que me levou a esta música e ao degredo da memória.
É que eu preciso de encerramentos. E despedidas a sério. Ou sou dada a fantasmas por longos períodos de tempo. 

O filme é o A Place in the Sun, 1951, que mostra que não há cá bons rapazes. Ou melhor... não há bom rapaz que não se transforme num belo monstro, sob determinadas circunstâncias.
E sim... o mesmo se aplica às mocinhas. O que me lembrou de outro filme que me deixou presa aos contrastes de expressões faciais.
Ó ele aqui em baixo!




Mónica e o Desejo, 1953

Corações para este, que para além do que referi acima, me fez lembrar da santa inocência de quando acreditamos no amor e uma cabana. 

E não; isto não é nenhuma crítica a nenhum dos filmes. É uma análise pobre ao desaparecimento total da "inocência" que ainda aqui morava.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O meu nome é Polegarzinho! (ou assim me chamaram)

Diziam-me que eu ia sentir-me sozinha, ao contrário do que pensava, se me mudasse para uma casa... sozinha.
Bom, hoje senti-me triste por vir para uma casa que divido apenas com uma gata ( e eventualmente umas aranhas gigantescas que sentem frio lá fora).
De facto, hoje, não ter aqui um moço em casa  fez-se sentir...
E não, não foi pela proximidade do dia dos namorados, esse dia romântico em que, segundo muitos criticam,  casais se amontoam em restaurantes para provar ao mundo que se amam imenso, excepto quando no resto do ano se tratam por "camundongo" ou "besta"...
Foi mesmo por ter escavacado um oponível com um canivete e não ter quem me lave a louça, faça a cama, me dê banho, dispa e vista...
É que tarefas domésticas, por agora, estou impedida e o resto é uma trabalheira dolorosa, isto!!!


Nota: Se alguns homens acham um verdadeiro desafio desapertar o soutien de uma miúda... bom, acho que o meu desafio amanhã vai ser bem maior - apertar o meu só com uma mão.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Vi-t'ali e não quero dizer

Não sei que raio de febre anda para aí com os Vi-te Aqui e Acoli, mas a coisa não pára.

Numa altura em que vejo as pessoas mais interessadas em comunicar-se e dar-se à distância, numa imaginária profundidade - que não é mais que um mero conhecimento superficial que causa muita confusão, mais desencontros que encontros e frustrações várias - espanta-me que depois recorram a uma tentativa de encontro em pó em que basta juntar água, numa espécie de desespero para encontrar, quando muito, a sua cara-1/6.
Isto cada um encontra-se como quer, sabe e pode... nada contra.
Há blind dates, dizem, que resultam maravilhas! Quem sou eu para julgar?!
O tempo, a disponibilidade... é tudo diferente, essa é a verdade.

Causa-me é assim uma espécie de fungaria incómoda nos nervos ver o pouco esforço pelo contacto ao vivo e a cores e esperarem "encontros" milagrosos que lhe tragam algum amor efervescente e já agora duradouro.
Em forma de...  eu vi-te ali, trocámos uns olhares ou então eras vesgo e confundi-me ou até estavas era a topar a outra miúda através do reflexo e eu fiz figura d'ursa... e se leres esta xaxada adivinha lá que eu era a miúda que trazia os collants rotos junto ao joelho esquerdo e aquilo não era piercing, que vergonha, limpei foi mal o nariz. Lembras-te? (talvez escrevam "lembraste")
Qualquer coisa assim...

Não me refiro a encontros "date" em si, mas ao encontro com alguém, na mesma sintonia, afinidades e essas coisas maravilhosas e cada vez mais raras. (isto agora soa a miúda azarada, não é?!)

Mas isto, infelizmente até nas amizades se vê um pouco... é uma pena.
Eu cá sou miúda de gostar de sentir cheiros (desde que o pessoal seja adepto do banho, claro), da gargalhada conjunta, do tomar o capuccino e o scone, do ouvir a voz, o tom e perceber o humor dos outros. E se então for mais que amizade, pelamordedeusinho, deixa-me cá ver como cheiras, se gostas de comer como eu, se a tua presença me causa chérnicos e quentinhos piiiiacima e piiiiabaixo, se tens ar de enfastiado quando estou cheia de vontade de dançar, se me causas fascínio ou admiração... e mais umas lérias que não posso para aqui andar a revelar que isto não é nenhum livro de soluções.

Mas isto tudo só porque eu queria mandar uma piada reles!
Que era....

Ahhhh, vou fazer também uma página, tendo em conta toda a conjuntura actual (fica sempre bem dizer isto... ou não, que já é batido) que se vai chamar :
Vi-te ali na fila do Centro de Emprego
ou
Vi-te ali na fila para a Sopa dos Pobres

Levavas umas calças coçadas, ias a contar os últimos trocos e a roer um papo seco e com uns quantos papeis a comprovar que tens procurado trabalho e uns com umas sugestões de formações em ervas daninhas ou segurança no trabalho, vertente arrumador de carros...


Sim, valha-nos a amizade e o amor, esse estupor que anda mais perdido do que o caraças do comboio de zombies que estão mortinhos (oh... tão mal que isto soa) para chegar a casa e pasmar frente ao pc (como a otária está agora a fazer) e conviver de longe com os "amigos".

domingo, 9 de fevereiro de 2014

O f.d.p. do íman

Um destes dias, em resultado de comentar um post amigo, recebi mensagem de um desconhecido com o seguinte:

conversa virtual,,amizade virtual? vou pedir e decides ****** betty buup

E ele segue, após o meu silêncio:

ui desculpa às tantas não é a b buup (a imagem de capa) ..mas se não é quem é então ?...

Não, não era a betty buup. Nem mesmo a Betty Boop. E fiquei contente por não me chamar Betty Burp "ou assim".

O pedido de amizade chegou no dia seguinte. Não está sozinho. Está no estendal dos pedidos de amizade que eu não compreendo.

(uma pessoa queixa-se do facebook, mas aquilo é um mundo de luz e cor. mau para epilépticos)

sábado, 8 de fevereiro de 2014

doi-me ali o lado esquerdo do dedão

... deve ser das cacetadas.

Mas isso agora não interessa.
Esta música é boa como o catano. Rai's parta.


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

SubCave para que te quero!

Tenho uma vizinhança dos diabos!
As vizinhas do lado, já conhecem... hoje estão igualmente barulhentas e tal como ontem, têm companhia.
Felizmente acho que só se dedicam a ver TV e a ouvir música merdosa.

Também já posso ter falado dos velhotes, donos da canita que pensava que era minha. Bom... e no fundo era... e chorei-a mais que eles. E veio ela morrer à minha porta, afinal... quer se chame a coisa pelo nome ou não, era eu a menina dos olhos dela e éramos donas uma da outra.

Pois esses velhotes teriam aqui histórias intermináveis, se eu fosse decente e me dedicasse a isso, em vez de passar o tempo a cortar os pulsos por causa desta puta de vida.

A historieta de hoje vale a pena registar aqui. É que é encantadora! Isto deve ser amor. Ou então, é só balhelhice, mesmo. Acho que é isso mesmo... Amor... bah!

Bom. Ao que interessa!
Perguntava o Sr. à minha avó: 
- Viu a minha mulher?
- Eu vi-a a ir para ali, deve ir ao Jumbo... 
- Hummmmm... duvido.
(olhos da minha avó a esbugalhar, incrédula)
- Mas eu vou já atrás dela ver. Cheira-me a esturro. Huuuummm....
- Mas oh Ti En******, então mas que acha agora que vai a sua mulher, com quase 90 anos, fazer?!
- Huuuummmmm....


Ok. Talvez seja preciso conhecer as personagens ou ter a minha imaginação para se rirem com isso.
Mas eu conseguir rir-me com algo que esteja relacionado com os vizinhos... é milagre!

Pode ser que conte mais uma ou outra um destes dias.
Mas não se animem... eu preciso vir aqui fazer a purga e falar mal do mundo. 
É que rio-me demasiado lá fora. (Ou não)

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

És velhote                                                                                                                                                               e feio.                                                                                                                                                                                    E foleiro.                                                                                                                                                                                                                                                                                   (e eu sou mentirosa)                                       
                  (excepto na parte do foleiro. isso és mesmo. muito)                                                                                  

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014