sábado, 1 de março de 2014

Tenho saudades de rumar ao Norte.
De ir ao Fantas e deitar-me de manhã depois de rir estupidamente de filmes estapafurdios com os meus.
Sim, os meus. Expressão que incomoda a alguns, não sei porquê.
Há pessoas que são as nossas... não interessa a chatice, a distância e o catano.
Sei lá... deve ser das memórias que se fizeram e mantêm.
Tenho saudades disso, de comer bolachas ao chegar e nos distribuirmos como podíamos pela casa.
Tenho saudades de rumar a Sul. Passear pelos montes de tralha, de fotografar parvoeiras, de ouvir tocar viola a horas tolas, de dormir naquele "meu" quarto, de passear de meias, sair ali para perto que é tão longe, fazer listas de locais, ir só a metade, fazer a panela da sopa para os dias de "lanzeira", de aparecer alguém à socapa, de juntar a tralha comprada em cima da cama, mais as gulodices esquisitas e ficar deliciada a olhar, mesmo antes do suplicio de imaginar o que é enfiar tudo de volta na mala e carregar, de sentir a náusea do voltar...
Acho que tenho saudades de mim, que fiquei perdida algures, nem a norte, nem a sul, nem ao centro.
A flutuar algures e não há meio de aterrar.
Estão fartinhos de fazer pontaria...

2 comentários:

Post-It disse...

Ai estas minhas "hiperligações" mentais! Lembrei-me logo de um "títalo" de um livro de Bukowski: "A Sul de nenhum Norte" :p
Mais dia menos dia e recalibra-se a roda dos ventos e algum Expresso te há-de levar :)

Ninguém disse...

Não me parece uma má hiperligação. ;)

Ai há-de, há-de! quero ir vasculhar coisas.