quinta-feira, 3 de setembro de 2009


Tinha esta paixonite aguda por D. desde sempre. E desconfiava que era coisa para durar uma vida de tartaruga!
Não pensava nele todos os dias, não se lembrava do seu cheiro, era mesmo capaz de passar meses sem o ver. Só poderia ser mesmo assim, pensava...

L. já conhecia D. há muito. Não conhecer de "olá tudo bem, vamos tomar um café", mas um conhecer de manhas, de cama, de copos e de arrufos, de estou-te a topar mas vou fazer que não. Um conhecer de adeus mas fica para sempre.

E D. foi ficando, para contentamento de L., que desejava que fosse de contentamento para D.. Assim uma história confusa e de muita comichão, como eles mesmos o eram.

Quando se voltavam a ver, a coisa custava a arrancar; era um incómodo de bicho a morder ou de açúcar no corpo, sabe-se lá, um repente de língua afiada.
Depois o incómodo passava e estava na hora de novo adeus. Adeus, espera lá mais um bocado que tenho muitas mais abelhas para te atirar, um espinhito ou outro para lançar, junto com mel, perfume e umas palmadas nas costas.

Era uma mixórdia, uma espécie de amor platónico. Era isso, era um amor platónico pensava L. muitas vezes... mas arrepiava. Não era nada!
L. lá era dessas coisas?! Não era cá de amores sem línguas embrulhadas! E os toques e afagos? E os desejos e os calores?! Não...nada disso! Era assim mais...

...

- És feliz assim?
- Claro que sim! E tu, já encontraste a Felicidade?
- Huumm... acho que...

6 comentários:

Post-It disse...

Depois L fica com dores de barriga e D fica macambuzio... :p

Ninguém disse...

Nã... Duvido! Devem ser mais internados. Ou não fosse L de louca e D de doido varrido! :D

Anónimo disse...

«L de louca e D de doido varrido»

LOL :D

R.

Ela disse...

Pois, para quem não quer, há muito mel no meu potezinho!
V. de vagabunda!

maria ostra disse...

Conselho Ostrológico do Dia:
é melhor levantarmo-nos da mesa ainda com alguma fome. (Até porque no verão há sempre bodas em terras romã-nticas ;p)

Ninguém disse...

Oh minha menina V., cuidado com esse pote! Ainda dás um ataque de diabetes a alguém. ;P

Maria Ostra, eu cá já não me quero levantar da mesa com fome, não depois de uma dieta forçada.
(fazer-me de parva é o meu ponto forte)