sábado, 5 de maio de 2012

Jim Morrison dizia que pensava em felicidade quando falava em toalhas de mesa (mais coisa menos coisa era isto).


Eu, nitidamente, falo em stress quando penso em toalhas de banho. Ou melhor, quando sonho com toalhas de banho.


Os meus sonhos revelam-se preocupantes e demasiado óbvios. Talvez preocupantes por demasiado óbvios seja o mais correcto de afirmar.


Quando sonho que recebo a visita de amigos e a visita-surpresa do suposto morango metade (talvez deva chamar-lhe morango píncaro) não só devo preocupar-me que isso dos píncaros só mesmo em sonhos ( que as surpresas, aprendi há muito, chegam sempre em forma de desagrados) como talvez não tenha toalhas que cheguem para visitas.
Isso e o facto de no sonho me preocupar mais com as toalhas de banho estarem húmidas e as secas não chegarem para todos, do que com o rejubilar com a visita inesperada do píncaro. 
Talvez ainda pensasse que era uma miragem; ou no fundo soubesse que era um sonho.
E as toalhas eram urgentes.
Não queria aqui visitas a pingar-me o chão.


Isto depois de passar a 1ª grande parte do sonho (que isto deve ter dado direito a pipocas e a intervalo, cheira-me) a refilar de dedo no ar e bem capaz de arrancar olhos com colheres, como me é típico, por me quererem cobrar a entrada na minha antiga faculdade, para eu pagar umas pendências que, pelo valor pedido, sofreram juros inimagináveis. Terminei a gritar que não pagava. 


Pois, na vida real não tenho pendências a pagar, mas não é preciso muita análise para perceber que sinto o bolso roto e o tostão a esvair-se. 


Muito mais divertido, embora desesperante, pensar nas toalhas de banho...


Cheira-me que ando a precisar de arejo nesta cabeça, nesta vida, neste pasmo.


Antes ter sonhos com bolinha com semi-conhecidos. 
Era muito mais animador, certo?

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